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6 passos para resolver logo as dívidas acumuladas da sua empresa

Muitos negócios aumentaram as entradas no caixa e, logo, a necessidade de sanar o excedente de dívidas. Saiba como fazer isso em poucos passos:

Contas a pagar: lembre-se de que dinheiro sem gerenciamento não gera lucro (SIphotography/Thinkstock)

Contas a pagar: lembre-se de que dinheiro sem gerenciamento não gera lucro (SIphotography/Thinkstock)

Mariana Fonseca

Mariana Fonseca

Publicado em 16 de março de 2017 às 15h00.

Última atualização em 16 de março de 2017 às 17h30.

Como resolver logo as dívidas que minha empresa teve no ano passado?

“Dinheiro na mão é vendaval/na vida de um sonhador”... Lembro dessa música popular todas as vezes que ouço alguém falar sobre o pagamento de dívidas, principalmente quando se trata do gerenciamento de um negócio.

Todas as vezes que temos um faturamento acima da média, se faz necessário analisar o pagamento de títulos atrasados para não sofrer prejuízos com os aumentos das taxas de juros e, logo, aumentar a obrigação a ser paga. Isso é o que acontece no final do ano em muitas empresas: aumentaram as entradas no caixa e, logo, a necessidade de sanar o excedente da conta no vermelho.

Dinheiro sem gerenciamento não gera lucro. Gastar sem foco, mais ainda. Sonhar sem realizar não está no escopo da gestão de negócios, a qual se pauta sempre nas obrigações pagas para não gerar passivos.

Lembro-me de que no dia da abertura da minha empresa de consultoria, o contador me disse do endividamento imediato, ou seja, toda empresa já nasce endividada.

As palavras desse contador ficaram na minha memória e não as utilizo para afirmar que o endividamento é algo saudável. Na realidade, quanto mais endividada é a empresa, menos existe a possibilidade de desenvolvimento e aumento da lucratividade.

O ideal é manter o equilíbrio entre as entradas no caixa e o pagamentos das despesas. Dívidas são obrigações que uma pessoa/empresa tem de pagar ou reembolsar para outro sujeito/companhia. Portanto, o equilíbrio citado é o caminho para satisfazer as tais obrigações.

Assim, o objetivo de uma gestão financeira de excelência é não deixar que as obrigações se tornem passivos e que o caixa da empresa trabalhe para pagar o excedente (juros), não o valor real provisionado da dívida. É esse excedente que causa o endividamento, resultado de uma “bola de neve” de juros, multa e correção monetária.

Caso sua empresa tenha deixado de pagar ou adquiriu dívidas no ano passado, a sequência de atitudes para saná-las são:

1 — Avaliar a capacidade real em honrar seus compromissos a curto prazo, verificando sempre a liquidez da empresa;

2 — Focar no controle do faturamento, para garantir a capacidade acima citada e, por consequência, a sustentabilidade do negócio;

3 — Captar novos clientes para aumentar o faturamento, lembrando que você tem um excedente a ser pago;

4 — Fidelizar os clientes e fazer ações para que eles aumentem suas compras ou voltem a comprar;

5 — Reduzir ou adequar os estoques, para manter somente aquilo que for vendido ou previsto para a venda.

6 — Renegocie as dívidas, aumentando os prazos com os fornecedores para garantir os pagamentos e “estancar a sangria” de multas, juros e correção monetária.

Enfim, caro empreendedor, todas as decisões devem ser muito bem avaliadas, principalmente porque passamos por um momento de incertezas econômicas e necessitamos de reservas para eventuais emergências.

Muitas vezes, o mais importante na relação com as dívidas é a certeza de que podemos pagá-las em dia. O saudável é manter-se equilibrado para tomar as decisões corretas, no momento certo.

Arnaldo Vhieira é coordenador do Curso de Gestão Financeira do Complexo Educacional FMU.

Envie suas dúvidas sobre finanças para pme-exame@abril.com.br.

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