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6 dicas para proteger seu restaurante de um arrastão

Confira algumas medidas práticas que podem ser tomadas para reduzir os riscos e minimizar as perdas com este tipo de ação

Restaurante Pita Kebab, em Pinheiros, foi vítima de arrastão (Divulgação)

Restaurante Pita Kebab, em Pinheiros, foi vítima de arrastão (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2011 às 17h59.

São Paulo - Ao longo dos últimos 30 dias, pelo menos seis bares e restaurantes localizados na região de Vila Madalena e Pinheiros, na zona oeste de São Paulo forma vítimas de “arrastões”.

Tratam-se de ações rápidas, na qual o foco dos assaltantes é levar o maior volume de objetos de valor e dinheiro vivo no menor tempo possível.

Em declarações à imprensa, o delegado Ricardo Arantes Cestari, da 14ºDP, responsável pela área onde ocorreram os incidentes, afirmou que não acredita se tratar de quadrilhas especializadas e evitou classificar os episódios como uma “onda” de crimes do tipo.

Apesar da afirmação, empresários do ramo estão em alerta. Confira a seguir algumas medidas práticas que podem ser tomadas para reduzir os riscos e minimizar as perdas com este tipo de ação:

1. Tenha um segurança na porta

Ter um segurança profissional na porta do estabelecimento não é garantia de que o local está 100% protegido, mas é por si só uma barreira a mais para manter os criminosos distantes. “Entre assaltar um lugar que tem segurança e outro que não tem, eles sempre vão preferir a segunda opção, porque é mais fácil”, destaca Cezar Valverde, diretor de operações da Gocil Segurança e Serviços.

É importante que o profissional seja treinado para manter a tranqüilidade caso o estabelecimento seja alvo de um arrastão, orientando funcionários e clientes a agir com calma para evitar desfechos trágicos. “Tem que ser um profissional educado, que saiba tratar muito bem os clientes, e com o treinamento adequado para reagir a situações de perigo”, aconselha Marcio E. de Souza, gerente operacional da Angels, especialista em segurança para casas noturnas. Segundo o especialista, o custo médio para manter a porta de um estabelecimento guardada por 12 horas é de R$ 7 mil mensais.

2. Fique de olho no movimento

Também é papel do segurança ficar de olho na movimentação ao redor do estabelecimento para identificar possíveis alterações suspeitas. “Ele deve ficar atento a carros suspeitos parados próximo ao estabelecimento ou motos que estão rondando a área”, recomenda Souza. Diante de uma potencial situação de perigo, o ideal é fechar as portas do estabelecimento e acionar a segurança pública.


3. Oriente os profissionais da casa e clientes

Os funcionários da casa devem ser orientados sobre como agir durante ações criminosas para proteger sua própria integridade física e a dos clientes. A principal regra é nunca reagir. Eles também podem ter uma atuação preventiva, orientando os clientes a não deixar carteira e objetos de valor sobre a mesa e oferecendo travas para prender bolsas às cadeiras. “Todo obstáculo é um incentivo a mais para que o criminoso procure outro alvo. Essas ações são extremamente rápidas, eles não querem perder tempo”, aponta Valverde.

4. Mantenha o caixa vazio

Como o objetivo dos arrastões é o dinheiro vivo, raramente a ação chega até os cofres. O alvo principal são os clientes e a caixa registradora. Por isso é importante mantê-la com o menor volume possível de dinheiro vivo. “Faça sangrias mais periódicas e deposite o dinheiro em um cofre em local seguro, que seja de conhecimento só do gerente ou seu substituto”, aconselha Valverde.

5. Instale sistemas de vigilância e alarmes

A presença evidente de câmeras é mais um fator inibidor para a ação de criminosos. Embora não tenham nenhum efeito imediato de proteção, elas podem ser usadas para identificar os autores do crime posteriormente. “Há câmeras que permitem reconhecer uma placa de carro a até 4 metros de distância”, aponta Souza. Segundo o especialista, os sistemas de vigilância variam muito em complexidade e custo, mas com R$ 3 mil já é possível instalar câmeras em um estabelecimento.

A instalação de alarmes também pode ser útil, especialmente o botão de pânico, que permite ao responsável pela casa alertar de maneira discreta a empresa responsável pela segurança do estabelecimento de que há uma ação em curso. “Uma pessoa à paisana vai até o local verificar o que está acontecendo e avisa a Polícia Militar, além de tomar notas de dados que possam ajudar a identificar os criminosos posteriormente, como placas de veículo e descrição dos suspeitos – tudo sem chamar atenção para não colocar ninguém em risco”, detalha Souza.

6. Tenha o seguro em dia

Para minimizar as potenciais perdas, é fundamental que o empresário tenha um seguro que cubra este tipo de sinistro e que os pagamentos estejam em dia. Desta forma, mesmo que os criminosos tenham sucesso na empreitada, o prejuízo para o estabelecimento será menor.

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