Giovanni Salvador, João Zanocelo, André Abreu e Eduardo Koller, fundadores da BossaBox (BossaBox/Divulgação)
Carolina Ingizza
Publicado em 27 de fevereiro de 2021 às 16h49.
Última atualização em 19 de abril de 2021 às 20h24.
No corre-corre da transformação digital vivida em 2020, profissionais de tecnologia se tornaram essenciais para a sobrevivência dos negócios. Uma das startups que se beneficiam dessa onda é a BossaBox.
Fundada em 2017 pelos amigos André Abreu, Eduardo Koller, Giovanni Salvador e João Zanocelo, a empresa é um marketplace que conecta profissionais de tecnologia com grandes empresas, como Omo e Gerdau. Hoje, ela reúne em sua plataforma cerca de 11.000 trabalhadores autônomos especializados em desenvolvimento de software, design e gestão de produtos digitais.
Cobrando uma assinatura mensal que varia entre 80.000 e 180.000 reais, a BossaBox oferece aos seus clientes uma equipe completa de tecnologia pronta para tirar do papel qualquer iniciativa digital. Para garantir que o trabalho seja feito da melhor forma possível, a startup assume a gerência do projeto, utilizando estratégias da metodologia ágil — a bola da vez na gestão empresarial.
Segundo a BossaBox, a principal vantagem para os profissionais de tecnologia que usam a plataforma é a flexibilidade poder escolher os trabalhos que querem realizar. A empresa ainda garante que eles recebam pagamentos mensais, entre 6.000 e 11.000 reais, durante a execução dos projetos.
O modelo de negócio da startup conquistou investidores. Em novembro do ano passado, ela recebeu um aporte de 8 milhões de reais da gestora brasileira Astella Investimentos, que investe em companhias como Resultados Digitais e Clicksign. Antes disso, em 2019, a Redpoint eventures, que apostou nos unicórnios Creditas e Gympass, investiu 1,6 milhão de reais no negócio.
O último aporte está sendo usado para fortalecer o time de vendas da startup. De acordo com o presidente André Abreu, a principal estratégia de crescimento da BossaBox em 2021 é aproveitar o bom momento de mercado para conquistar novos clientes de grande porte. “A pandemia reduziu o tempo para fechar um grande contrato. O que antes demoraria um ano, agora é feito em uma semana”, diz Abreu.
A meta da empresa para 2021 é terminar o ano com faturamento de 30 milhões de reais — o triplo do conquistado em 2020. O número de funcionários também deve crescer, passando de 30 para 60 pessoas até dezembro. “A pandemia fez o futuro chegar mais cedo, e essas mudanças não têm volta. Estamos empolgados para poder tentar transformar o jeito que a indústria de tecnologia trabalha”, diz o fundador.