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5 perguntas que o plano de negócios deve responder

Diferencial do seu negócio e potenciais desafios devem ser contemplados no documento

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2011 às 11h49.

São Paulo - Elaborar um plano de negócios ajuda a evitar riscos e antecipar falhas que podem colocar um negócio em risco. Segundo o consultor do Sebrae-SP, Reinaldo Messias, montar um bom plano pode levar, em média, de quatro a seis meses, e exige pesquisa de campo para conhecer de perto a concorrência e o mercado. Confira, a seguir, as questões que devem ser antecipadas no seu plano de negócios:

1. Qual o meu diferencial em relação à concorrência?

Um bom plano de negócios deve deixar claro que você conhece a concorrência e que sua empresa possui um diferencial em relação a ela. Se você vai abrir um bar, visite outros estabelecimentos e observe a movimentação, o perfil de público em cada noite e quais opções de comida e bebida oferecidas. Em seguida, estabeleça claramente o que o seu negócio pode oferecer de diferente em relação a cada um deles. “Conversar com o futuro cliente é fundamental”, destaca o coordenador de graduação da Trevisan Escola de Negócios, Dalton Viesti.

2. Qual o preço ideal para o meu produto?

Destacar-se pelo preço pode ser um caminho para novos entrantes em um mercado já consolidado, mas a estratégia deve ser adotada com cautela. O primeiro passo é ter claro quais são os custos necessários para manter seu negócio operando para que eles possam ser cobertos pelo preço praticado. Além de observar os preços praticados pela concorrência, levante os preços da matéria prima e da mão de obra necessária para tocar o negócio. Despesas fixas, como aluguel, impostos e contas de luz e água, também devem entrar na conta. O que sobrar, será a margem de lucro – ou prejuízo, se a conta não for bem-feita. 

3. Qual a demanda para o meu produto?

Uma vez definido o preço ideal para o seu produto – de acordo com o seu posicionamento de mercado e expectativa de retorno –, é preciso calcular o quanto será necessário produzir para atender a demanda dos seus clientes. A tarefa pode ser difícil se você está explorando um mercado novo. Neste caso, o ideal é ajustar o plano de negócios conforme os primeiros resultados. Mas se vocês está em um mercado consolidado, o caminho é, novamente, observar a concorrência. Voltando ao exemplo do bar, procure frequentar os estabelecimentos concorrentes e observar o movimento médio para fazer suas próprias projeções. Conversar com outros empreendedores do ramo que não sejam concorrentes diretos – no nosso exemplo, um bar que não atue na mesma região que o seu – também pode ajudar a mapear melhor a potencial demanda. Pesquisas de mercado sobre os hábitos de consumo também podem servir de base para fazer a projeção.


4. Qual a equipe ideal para o meu negócio?

No seu planejamento, analise a quantidade necessária de funcionários para que o negócio funcione e as competências que cada um terá que trazer para equipe. Definir um cronograma para as contratações de acordo com cada momento da empresa também é fundamental para evitar uma folha de pagamento maior que a empresa consegue suportar. Mas não perca de vista a necessidade de investir em pessoas. “Gasta-se muito dinheiro na infraestrutura, produtos e equipamentos e depois se tenta economizar na mão de obra. Isso é péssimo”, comenta  Viesti. Avalie também se você tem perfil para comandar e motivar a equipe e procure trabalhar seus pontos para se tornar um líder melhor.

5. O que pode dar errado na minha operação?

O empreendedor deve estar preparado para contingências que podem colocar sua empresa em risco e, na medida do possível, isso deve estar contemplado no plano de negócios. Possíveis gargalos na estocagem e logística de entrega de produtos devem ser antevistos, especialmente diante de negócios sazonais. Uma operação de comércio eletrônico, por exemplo, deve estar preparada para datas em que o movimento poderá subir bruscamente – como Natal –, exigindo um reforço na equipe. “É preciso antecipar e evitar a queda de qualidade e a insatisfação do cliente”, o consultor do Sebrae, Reinaldo Messias.

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