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5 pecados de empreendedores que podem contaminar a empresa

O empreendedor muito orgulhoso, por exemplo, acaba não enxergando os problemas de seu negócio

Ira: o empreendedor que briga com os funcionários faz com que o ambiente de trabalho seja de muita pressão (Getty Images)

Ira: o empreendedor que briga com os funcionários faz com que o ambiente de trabalho seja de muita pressão (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2012 às 15h34.

São Paulo – O comportamento do empreendedor pode interferir nas atitudes dos colaboradores e no ambiente de trabalho de uma pequena empresa. Às vezes, algumas atitudes podem afetar até o sucesso do negócio. Para João Bonono, professor de empreendedorismo do Ibmec de Minas Gerais, a maneira como o empresário se comporta diz muito sobre como é a gestão do negócio.

De acordo com Reinaldo Messias, consultor do Sebrae-SP, o tom da empresa é dada pelo empreendedor. Os pequenos empresários tendem a dar um toque pessoal no seu negócio, mas às vezes isso acaba atrapalhando. Confira abaixo, cinco pecados de empreendedores que podem contaminar a empresa:

1. Vaidade

O empreendedor não deve se achar melhor que os concorrentes, por mais que seja pioneiro no produto e serviço. “A vaidade do dono acaba se refletindo naquela empresa que acha que sempre faz o melhor e é perfeita”, explica Messias.

Por ter uma grande habilidade técnica, o empreendedor associa a sua capacidade com o negócio, e acredita que está fazendo sucesso porque ele é bom.  “O empreendedor tem que se olhar muito no espelho, ver que é uma pessoa capaz de errar, e que a habilidade técnica não é tudo no empreendimento”, diz Bonono.

2. Preguiça

É um problema para a empresa se um cliente ou fornecedor manda um orçamento e ninguém responde. Messias afirma que aquele empreendedor que é preguiçoso e atrasa na entrega dos pedidos, acaba demonstrando para o mercado que prazo e eficiência não fazem parte dos valores da empresa.

Além da imagem ruim, dentro do negócio, os funcionários se espelham no chefe. E, se nem ele se esforça para fazer tudo dentro do prazo, não é importante que eles façam o mesmo.


3. Inveja

Ficar de olho nas ações do concorrente é importante, mas há limites. “Pare de olhar o jardim do outro e estabeleça metas de acordo com o seu perfil”, diz Bonono. Para ele, um empreendedor invejoso acaba ficando míope, pois foca no sucesso alheio e acha que pode fazer o mesmo replicando a ideia.

Messias explica que aquele empreendedor que só deseja que as coisas aconteçam com ele e não faz esforço nenhum para mudar e melhorar o seu negócio, acaba se dando mal. “Ninguém consegue sucesso sem trabalho árduo”, afirma.

4. Ansiedade

Antecipar problemas de sua empresa não é vantajoso para o empreendedor. “Todo mundo tem ansiedades diferentes, mas é preciso cuidado para não confundir com uma ilusão”, explica Bonono. Você quer que sua empresa, por exemplo, em três meses seja alvo de interesse de um investidor, mas antes de sofrer com isso, dedique ao máximo diariamente.

Se você é uma pessoa ansiosa e considera o seu negócio uma extensão de seu corpo, atenção. “A empresa cresce amarrada à imagem do dono e as decisões dele”, afirma Sílvio Aparecido dos Santos, professor do curso de Administração da FEAUSP. Dessa maneira, ou as decisões são feitas rápidas demais ou lentas demais, o que não é recomendável.

5. Ira

É compreensível que o empreendedor fique zangado de vez em quando, afinal ser dono de um negócio não é fácil. “Mas se ele briga quando as coisas não estão do jeito que ele gosta, o ambiente da empresa fica ruim”, explica Bonono.

Outra desvantagem é de que os colaboradores passam a temer sugerir melhorias por causa da pressão exagerada do chefe. Nesse caso, o professor recomenda que o empreendedor não se julgue capaz ou incapaz só porque é o dono.

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