Sonhos não recebem investimentos, diz professor da UCLA (Emilian Robert Vicol/Flickr/Creative Commons)
Da Redação
Publicado em 23 de abril de 2011 às 08h00.
São Paulo - A falta de capital para tirar uma ideia do papel é um mal que acomete muitos empreendedores. Antes de correr para os bancos em busca de um empréstimo – muitas vezes a juros que o negócio não vai suportar – é bom avaliar se algum investidor teria interesse em injetar capital no seu projeto.
De acordo com o Centro de Estudos de Capital de Risco da FGV (GVCepe), no ano passado foram investidos US$ 3,1 bilhões em empresas brasileiras. Quase metade foi para empresas em estágio inicial de desenvolvimento.
O volume total de recursos usados pela indústria de capital de risco no país passou de US$ 8 bilhões para US$ 36,1 bilhões em cinco anos.
Além de injetar dinheiro, os investidores costumam ajudar na gestão empreendimento. Por isso, flexibilidade faz parte do contrato. Os empreendedores precisam estar dispostos a dividir informações, planos e até tarefas com quem investe na empresa.
Confira a seguir algumas dicas para fisgar um investidor para o seu negócio.
Conheça os tipos de investidores
Os investidores são classificados por estágios de capital de risco. Os investidores-anjo costumam buscar empresas bem iniciantes e investem entre R$ 50 mil e R$ 500 mil. Já o investidor de seed capital costuma injetar de R$ 500 mil até R$ 2 milhões em empresas mais consolidadas, com clientes e produtos definidos.
Em seguida estão os fundos de venture capital, com investimentos de até R$ 10 milhões em empresas que já faturam alguns milhões.
Escolha o melhor investidor
Uma vez escolhido o tipo de investimento ideal para sua empresa, comece a pesquisar sobre quem seriam os possíveis investidores interessados no negócio. Uma opção para empresas inovadores e muito pequenas é buscar uma subvenção econômica, por exemplo.
O programa PRIME da FINEP empresta a esses empreendedores e muitas vezes não é preciso devolver o dinheiro. Além disso, existem grupos investidores que estão buscando negócios inovadores no Brasil para compor seus portfólios.
Tenha um discurso na ponta da língua
Você é capaz de definir seu modelo de negócio em 60 segundos? Consegue garantir a atenção de um investidor em um evento cheio de outras startups? Pois esteja preparado para este tipo de situação.
O pitch (uma palavra em inglês para discurso do vendedor) precisa ser curto, claro, contar sua história, mostrar como sua ideia traz a solução para um problema e – é claro – mostrar que ela é financeiramente atrativa para o investidor. O objetivo é conseguir mais tempo para conversar depois desse primeiro minuto de apresentação.
Saiba destacar sua ideia
Com um pitch bem treinado e conciso, o empreendedor já aumenta suas chances de chamar a atenção do investidor. Mas para consolidar o relacionamento é preciso ter algumas características que costumam fazer os olhos dos investidores brilharem.
A primeira delas é perfil empreendedor, demonstrado na capacidade de transformar ideias em negócios.
Equipes bem formadas, produtos promissores, potencial de crescimento, afinidade e resultados também ajudam a destacar a sua startup no meio de outras.
Esteja no lugar e na hora certos
Não comece a buscar investimentos em qualquer momento do seu negócio. Vale a pena procurar dinheiro quando já não é viável continuar por conta própria, quando precisa acelerar o projeto ou quando busca recursos para expandir.
Se fizer parte de um desses grupos, saiba que vai ser possível encontrar investidores em meetups (encontros de empreendedores e startups), competições de planos de negócios e até conversando com amigos e conhecidos.