Ideias e dúvida: pitches geralmente envolvem uma situação em que se há muito a ganhar (SIphotography/Thinkstock)
Mariana Fonseca
Publicado em 20 de setembro de 2018 às 06h00.
Última atualização em 20 de setembro de 2018 às 06h00.
Pitch é, basicamente, um “discurso de venda”. A palavra em inglês dá nome àquelas apresentações em que o objetivo é conquistar o comprador – ou investidor – que assiste. Por exemplo, durante as rodadas de investimento de uma startup, os empreendedores “vendem seu peixe” para quem pode ajudar com capital.
Basicamente, é feito para convencer alguém sobre alguma coisa. Para ajudar, pode contar com uma apresentação digital – em softwares como PowerPoint ou Prezi –, mas isso é opcional.
Como sua duração é pequena – de três a dez minutos, em média –, ele deve ser feito como uma apresentação inicial, simples e objetiva. Se tudo der certo, vai gerar curiosidade e interesse de quem assiste o bastante para que quem o apresentou consiga oportunidades de falar do assunto com mais clareza em outro momento.
O Elevator pitch é uma modalidade de pitch ainda mais rápida, com cerca de dois minutos. A palavra elevator (elevador, em português) é uma referência ao fato de que de a apresentação é tão veloz, que poderia ser feita em um encontro no elevador.
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=7161Ev2xvKw?feature=oembed%5D
A técnica do pitch é utilizada por empreendedores que se apresentam a investidores. No entanto, ele também pode servir para um profissional ou estudante se apresentar, em algumas circunstâncias. É o que acontece nas Conferências Na Prática, onde os jovens têm alguns minutos para “vender seu próprio peixe” para os recrutadores presentes.
Além disso, o cinema também utiliza o pitch com frequência. A ideia é a mesma, de tentar convencer. Porém, em vez de ser sobre um empreendimento, é sobre um produto audiovisual, ou um roteiro.
Fato é: geralmente envolvem uma situação em que se há muito a ganhar – seja verba para fazer seu negócio progredir, uma vaga de emprego etc. Por isso, é interessante saber fazer um bom pitch: curto, adequado e coerente.
Veja, a seguir, cinco dicas para fazer um bom pitch:
“O processo de montar o meu pitch foi primeiro pensar em quais são as informações que eu gostaria que as pessoas soubessem a respeito da minha história”, afirma Giorgio Zilli.
O próximo passo para fazer um bom pitch, segundo ele, é organizar em uma linha lógica que faça sentido. E que permita que as pessoas acompanhem a narrativa de forma fluida.
“Acredito que o principal do processo é determinar o que não deveria faltar e depois começar a construir essa linha lógica entre os pontos, dando uma floreada no meio, digamos assim”, resume.
Para Rafael Bacalhau, grande parte da dificuldade de montar o pitch vem do fato de que ele requer certa dose de autoconhecimento – sobre sua personalidade e suas ações. Principalmente, seus pontos fortes e fracos para poder mostrá-los na apresentação. Por isso, foque em entender mais sobre si mesmo.
Fiel ao seu jeito de ser “muito objetiva”, Thaiza Loiola escolheu abordar a tarefa de se apresentar de forma mais minimalista. “Passei mais tempo detalhando cada uma das minhas experiências do que criando uma super narrativa”, explica.
Ela dá a receita do seu sucesso: tratar apenas do que for mais importante na sua trajetória estudantil e profissional.
Para fazer um bom pitch, se falar dos seus feitos, tente apontar consequências reais do que fez. Se possível, com números. A dica é de Rafael, que resume seu raciocínio: “a partir do que eu fiz, [demonstrei] quais foram os resultados concretos que as minhas ações trouxeram”.
Thaiza recomenda que não deixe o sentimento de medo te paralisar. Siga com o pitch, mesmo bastante nervoso. E lembre-se: “todo mundo está no mesmo barco”.
Inclusive, quem avalia sabe do nervosismo. “Eles, no nosso lugar, estariam nervosos também”, afirma a jovem. “Só tente deixar muito claro os pontos principais que você quer vender a seu próprio respeito”, complementa.
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=S3jOmagjPGY?feature=oembed%5D