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4 sinais de que você deve desistir de abrir uma loja virtual

A grande questão está em escolher o melhor momento para tomar essa decisão - e se realmente a melhor opção é uma loja própria

Preocupação: o sucesso de um negócio virtual depende de alguns fatores (fizkes/Thinkstock)

Preocupação: o sucesso de um negócio virtual depende de alguns fatores (fizkes/Thinkstock)

Mariana Fonseca

Mariana Fonseca

Publicado em 17 de maio de 2017 às 15h00.

Última atualização em 17 de maio de 2017 às 18h59.

Quando é melhor esquecer a ideia de abrir uma loja virtual?

Ser ou não ser... uma loja virtual? Se você é um empreendedor online, essa dúvida “existencial” ainda vai perturbá-lo, se é que já não perturbou. E isso é um bom sinal; indica que você está pensando no futuro do seu negócio virtual.

A grande questão mesmo está em escolher o melhor momento para tomar essa decisão e se realmente a melhor opção é uma loja própria.

1 — Você não sabe como atrair clientes até o e-commerce

O sucesso de um negócio virtual depende de alguns fatores - entre eles a audiência, isto é, o número de visitantes que ele atrai. Desse modo, antes de decidir por ter uma loja virtual é importante o empreendedor se perguntar como fará para atrair clientes até ela – veja dicas aqui - e se há recursos suficientes para os investimentos que serão necessários para isso.

Caso a resposta seja não, então talvez seja melhor se planejar um pouco mais ou começar por caminhos alternativos.

2 — A demanda e a oferta são limitadas

A loja virtual é um recurso importante para a construção de branding – valor de marca -, pois é um ambiente que pode ser customizado de acordo com o perfil da própria marca e de seus produtos.

Mas se o empreendedor ainda está começando o negócio online, se a demanda for limitada ou se a loja trabalha com poucos itens em seu portfólio, há outros recursos para realizar as vendas, que não são uma loja online.

3 — Seu público-alvo adora comprar pelas redes

A internet oferece dezenas de canais alternativos, entre eles as redes sociais. Desde o “tradicional” Facebook até o Snapchat, o canal de vídeo mais novo do momento, passando por Instagram e Twitter. Cada um com sua característica, mas todos importantes pelo mesmo motivo: as pessoas estão lá.

Mas, atenção: é preciso também levar em conta qual é o público-alvo. A diversidade de formatos das redes permite que o mesmo produto/serviço seja apresentado de maneiras diferentes – em texto, imagem ou vídeo. Além disso, o perfil dos usuários das redes sociais também é diverso; vale ficar atento na hora de escolher qual canal utilizar e como fazer a abordagem.

4 — O marketplace parece uma opção mais viável ao seu negócio

Seguindo essa mesma linha de pensamento – de que é preciso estar onde as pessoas (possíveis clientes) estão –, outra forte opção para o comércio online é o marketplace. Esse modelo, chamado de “shopping virtual”, é uma vitrine gigante pela qual milhares de pessoas passam todos os dias.

O Mercado Livre, por exemplo, recebeu 44,2 milhões de visitantes únicos só no mês de fevereiro/17. E, se considerarmos que quando uma pessoa entra em um shopping ela está propensa a comprar, esse número se torna ainda mais atrativo para quem quer vender.

O marketplace tem a vantagem de ser um ambiente democrático, com baixas barreiras de entrada, onde varejistas de todos os portes atuam.

Considerando novamente o exemplo do Mercado Livre, um sistema de reputação é aplicado a vendedores e compradores; ambos se avaliam e atribuem notas um ao outro, de acordo com a qualidade do negócio realizado.

Se a régua que calcula e exibe a reputação não estiver positiva as vendas não crescerão, independentemente do tamanho da loja ou da relevância da marca. Da mesma forma, se um micro empreendedor estiver bem qualificado, suas chances de venda podem ser ainda maiores que de uma grande loja.

Outra facilidade do marketplace é o baixo custo para o vendedor. É possível anunciar de forma gratuita e pagar uma comissão para o administrador apenas após a venda do produto.

O administrador do shopping virtual é responsável pela visibilidade, pelo marketing das ofertas e pelo investimento em tecnologia, com sistemas de pagamento, segurança e solução logística, tudo isso acessível via desktop ou dispositivos móveis.

Ao empreendedor, ficam as tarefas de se dedicar ao portfólio de produtos, à gestão do negócio e ao atendimento ao cliente.

Então, a dica é: não fique preso ao compromisso de ter uma loja virtual própria para fazer o seu negócio online crescer. Esse momento vai chegar para o seu negócio, mas, até lá, há muito recursos que podem ser utilizados. Aproveite, e boas vendas!

Helisson Lemos é presidente do Mercado Livre no Brasil.

Envie suas dúvidas sobre negócios digitais para pme-exame@abril.com.br.

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