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3 sinais de que seu plano de negócio está feito para o sucesso

O plano de negócio é um conceito que procura simplificar a extrema complexidade do funcionamento de uma empresa. Será que você sabe fazê-lo bem?

Planejamento: o plano de negócio descreve como uma organização cria, entrega e captura valor (Divulgação/Thinkstock)

Planejamento: o plano de negócio descreve como uma organização cria, entrega e captura valor (Divulgação/Thinkstock)

Mariana Fonseca

Mariana Fonseca

Publicado em 15 de março de 2017 às 15h00.

Última atualização em 15 de março de 2017 às 15h00.

Como faço para saber se estamos no caminho certo com a escolha do modelo de negócio?

No início da década de 2000, percebeu-se que, ao conhecermos alguns pontos chaves de um projeto, poderíamos adiantar projeções relevantes sobre o desenvolvimento desse negócio. Passou-se a falar cada vez mais do "modelo de negócio": um conceito que procura simplificar a extrema complexidade do funcionamento de uma empresa.

Se você quer saber se seu modelo está no caminho certo para o sucesso do seu planejamento empresarial, confira se alguns itens se comprovam ao analisá-lo:

1 — Seu plano de negócio é resultado do trabalho em prol da inovação

O plano de negócio descreve como uma organização cria, entrega e captura valor. Para explorarmos melhor a relação entre modelo de negócio e sua relevância no processo empreendedor, precisamos compreender primeiro a diferença entre empresários e empreendedores.

Os empresários são responsáveis pela gestão de recursos empresariais, normalmente realizada em empresas estabelecidas ou tradicionais. Os empreendedores estão diretamente ligados à implementação de uma inovação, ação inerente aos modelos de negócio de sucesso.

Os empreendedores, portanto, não são apenas aqueles que possuem uma empresa, são sócios de uma empresa ou fundam uma empresa, mas são principalmente aqueles que conseguem implementar algo novo no mercado ou algo existente num novo mercado.

Isso não faz dos empresários, entretanto, profissionais menos relevantes para a economia. Pelo contrário: curiosamente, os empreendedores inovadores normalmente nascem de atividades empresariais triviais e não inovadoras. Ou seja, os empreendedores tendem a inovar sobre produtos e serviços considerados tradicionais até a sua intervenção. Modelos de negócio devem, portanto, refletir este grau de inovação.

Em suma: ser capaz de empreender é mais complexo do que se acredita pois requer a implementação de pelo menos uma inovação.

2 — Seu plano de negócio preza por um modelo de operação enxuto

O conceito de Modelo de Negócio mais usado hoje em dia é derivado dos estudos de Alexander Osterwalder, criador do famoso Canvas de Modelo de Negócio (Business Model Canvas), uma ferramenta “universal” utilizada para o desenvolvimento e o acompanhamento da evolução de um modelo de negócio.

A ferramenta, simples e prática, encaixa-se perfeitamente no movimento do Lean Startup de Eris Ries, construído por sua vez sobre o conceito do Customer Development, desenvolvido por Steve Blank, um dos principais fundadores da cultura do Vale do Silício tão venerada neste início de século.

Ambos os conceitos descrevem um modelo enxuto de desenvolvimento de inovação, no qual o modelo de negócio se desenvolve “ao redor” e “em conjunto” com os potenciais clientes, aprendendo da relação constante com estes.

3 — Seu plano de negócio possui indicadores de sucesso

Podemos considerar três tipos de indicadores de sucesso para um modelo de negócio:

- Indicadores financeiros: avaliam variáveis de faturamento, lucratividade e retorno para os acionistas;

- Indicadores de mercado: analisam variáveis de crescimento, potencial de escalabilidade, participação no mercado (market share), satisfação e fidelização dos clientes;

- Indicadores de impacto (na sociedade): tentam medir, por exemplo, a geração de empregos de qualidade, a diminuição ou erradicação de problemas sociais ou a diminuição de dejetos ou efeitos no meio-ambiente.

Embora possa soar simples, a busca pelo tão sonhado modelo de negócio de sucesso é, na realidade, muito dura. O processo normalmente requer anos de interação com o mercado, além de uma equipe flexível e ao mesmo tempo resiliente para lidar com as adversidades que o processo exige.

Paulo Abreu e Newton Campos são docentes da FGV EAESP.

Envie suas dúvidas sobre planos de negócio para pme-exame@abril.com.br.

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