Funcionários do McDonald’s: 3 mil restaurantes estadunidenses do McDonald’s já estão com a tecnologia (Germano Lüders/Exame)
Mariana Fonseca
Publicado em 22 de junho de 2017 às 11h00.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 11h28.
São Paulo – Quase 30 redes de franquia seguirão um posicionamento adotado recentemente pela rede McDonald’s: empregarão moradores de rua como parte do programa Trabalho Novo, da Prefeitura de São Paulo.
A adesão à iniciativa foi anunciada durante a cerimônia de abertura da 26ª edição da ABF Expo Franchising. A feira, organizada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), começou ontem e vai até o próximo sábado (de 21 a 24 de junho).
O Trabalho Novo foi um dos primeiros programas elaborados pela gestão de João Doria na Prefeitura de São Paulo. Em março, a rede McDonald’s anunciou sua adesão, prometendo contratar 100 candidatos.
De acordo com o prefeito, que discursou na abertura da feira, a iniciativa possui uma taxa de atrito de 5%. Ou seja, 95% das pessoas em situação de rua que são contratadas possuem boa aceitação no programa.
“Essas pessoas são muito bem recebidas pelos profissionais dessas empresas. Possuem um empenho que faz deles profissionais exemplares, ainda que começando nas funções mais simples”, disse o prefeito. “As pessoas tem no emprego a chance de cidadania e de uma vida vida melhor.”
Ao todo, 27 franqueadoras se comprometeram com o projeto: Alphagraphics, Ambev – Chopp Brahma Express, Boali, Bob’s, Centro Britânico, Chilli Beans, China in Box, CNA, Dia%, Dídio Pizza, Divino Fogão, Fast Frame, Fran’s Café, Gendai Japanese Fast Food, Giraffas, Habib’s, Jani-King, McDonald’s, Moldura Minuto, Nutty Bavarian, Onodera Estética, Patroni Pizza, Ragazzo, Rei do Mate, Sóbrancelhas, Sorridents e Vivenda do Camarão.
A expectativa da ABF é que mil oportunidades de trabalho sejam geradas neste ano apenas com a adesão dessas franqueadoras ao Trabalho Novo.
O projeto é feito em parceria com a ONG Rede Cidadã, que busca a transformação social por meio da integração entre vida e trabalho. A organização será responsável por selecionar e preparar as pessoas em situação de rua, por meio de capacitação socioemocional, regularização da documentação e triagem de candidatos.
Já as franqueadoras deverão oferecer a preparação dos candidatos para suas funções, como costuma ocorrer em todas as unidades franqueadas. Por fim, a Prefeitura de São Paulo será responsável por oferecer vagas em dormitórios.
“Queremos tirar aquelas pessoas que estão vivendo em situações adversas, completamente excluídos da sociedade, para abrigá-las, prepará-las psicologicamente e, na sequência, dar o preparo para que eles virem profissionais”, disse Doria.
Para redes de franquias que também queiram aderir, basta contatar a ABF.