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O momento é delas (Thinkstock)
Mariana Fonseca
Publicado em 8 de março de 2016 às 11h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h18.
São Paulo – As mulheres são cada vez mais donas de seus negócios. Segundo o estudo Global Entrepreneurship Monitor de 2015, 46,7% dos empreendedores brasileiros são, na verdade, empreendedoras. Elas representam quase a metade dos empreendimentos no país – muitas vezes, fugindo de um mercado de trabalho que as remunera 24% a menos do que seus parceiros masculinos.
Mesmo sabendo desse movimento, você ainda está com medo de abrir seu próprio negócio? Então, é hora de se inspirar: EXAME.com selecionou alguns casos já publicados no site de empreendedoras que criaram suas empresas. Em cada caso, é possível acessar uma matéria mais completa sobre a história dessas mulheres.
Navegue pelos slides acima e confira mulheres que resolveram empreender – e se deram muito bem com essa decisão.
Criado em janeiro de 2015 pela CEO e empreendedora Tânia Gomes Luz, o e-commerce 33e34 trabalha com sapatos femininos nessas duas numerações, difíceis de serem encontradas com uma variedade de modelos significativa nas lojas convencionais.
A startup disponibiliza mais de 180 modelos de 14 marcas. Segundo estatísticas do setor calçadista, foram produzidos 25 milhões de sapatos femininos nas numerações 33 e 34 no ano de 2014. Cada mulher compra, em média, de cinco a oito sapatos por ano. Assim, pelo limite inferior dessa média, são ao menos 5 milhões de consumidoras.
Ir à feira e beber um caldo de cana gelado é um prazer que faz parte da vida dos brasileiros há décadas. Então, por que ninguém ainda inventou o caldo de cana em caixinha? Foi justamente essa pergunta que levou as irmãs Ana Carolina Salles Leite Viseu e Ana Maria Leite a iniciarem a Acana, marca que vende o caldo (também conhecido como garapa) em embalagens Tetra Pak.
A ideia do negócio surgiu em um almoço com a família, que tem uma história antiga com a cana-de-açúcar – as empreendedoras e seus parentes têm uma fazenda em São Carlos há várias gerações, e desde 1950 a propriedade é usada para plantação de cana.
Elas lançaram o produto em setembro do ano passado e já exportam para países como o Japão. Porém, o produto da Acana também tem tido grande aceitação nas redes de supermercados daqui. As empreendedoras esperam faturar 5 milhões de reais em 2016.
A vontade de abrir o próprio negócio uniu Elisa Melecchi e Luiza Nolasco. Em 2013, as empreendedoras fundaram o BagMe, um e-commerce de compra, venda e aluguel de bolsas de grife. A ideia do negócio é fazer com que qualquer mulher possa ter uma bolsa de luxo.
Na estante virtual, é possível encontrar o acessório de marcas como Chanel, Louis Vuitton, Gucci, Burberry e Prada. Para começar o negócio, o investimento inicial no site foi de 300 mil reais. Boa parte desse valor foi gasta em bolsas de grife para compor o estoque.
Dependendo da marca, o preço de uma bolsa pode variar de 390 reais a 22 mil reais. No caso do aluguel, a cliente pode escolher ficar com o produto durante três dias, uma semana ou um mês. O aluguel custa a partir de 69 reais. Em 2015, o negócio projetou um faturamento de um milhão de reais.
Saiba mais sobre o negócio de Elisa Melecchi e Luiza Nolasco.
Priscila Biella teve coragem de fazer o que muita gente sonha: ela largou uma carreira em ascensão numa grande empresa para criar o seu próprio negócio num setor que sempre foi do seu interesse - a moda. Ao observar esse mercado, viu que as lingeries seriam uma boa oportunidade e criou sua própria marca em abril de 2015: a Biellísima.
Quando montou a ideia da Biellíssima, tomou coragem e largou o emprego. Para começar o e-commerce, ela investiu 15 mil reais e tem reinvestido no negócio desde então. Agora, a empreendedora pretende ampliar o negócio para fazer o faturamento crescer. Entre seus planos estão a renovação da página na internet e a ampliação de bazares presenciais.
A Camiseta feita de PET, fundada em 2008, usa garrafas PET e algodão reciclados para produzir as roupas. Silvia Prado e Vanda Ferreira, as sócias, acharam interessante começar uma empresa amiga do meio ambiente. Silvia conta que já conhecia camisetas feitas da mesma forma, mas que não eram comercializadas.
As duas começaram o negócio com um investimento de 16 mil reais, que veio da venda de um carro e da rescisão trabalhista de Vanda. As empreendedoras ainda precisaram abandonar suas áreas de atuação: Silvia era especialista em e-commerce e Vanda era biomédica. O faturamento médio mensal ficou na casa dos 250 mil reais em 2015.
Saiba mais sobre o negócio de Silvia Prado e Vanda Ferreira.
Cinema sempre foi uma paixão para Irene Nagashima. Até que ela virou mãe do Max e, com um bebê pequeno no colo, se viu privada de seu principal passatempo. Irene se uniu a outras mães e começou a “invadir” salas de cinema no período da tarde, em São Paulo. Sete anos depois, o que era apenas um encontro de mães solitárias em São Paulo tomou outra proporção e tornou-se uma ONG presente em 38 cidades do país: o CineMaterna.
As sessões adaptadas para as mães têm o som mais baixo que o de costume, ar condicionado regulado para não incomodar os bebês e estacionamento para os carrinhos. Além de Irene e sua sócia Taís Viana, a ONG emprega outras oito mulheres e conta com o trabalho voluntário de cerca de 250 mães.
Cristina Horowicz administrou por três décadas uma confecção atacadista, que se especializou em tamanhos maiores para mulheres de alto poder aquisitivo. Cristina percebia, porém, como outros tipos de consumidoras ainda não tinham um atendimento similar, e quis montar um empreendimento que atendesse mulheres de diversas idades e orçamentos. Assim nascia a ideia da Flaminga, um e-commerce plus size.
Algum tempo depois, a irmã da empreendedora, Cynthia Horowicz, juntou-se a ela no negócio, assim como Sylvia Sendacz, a terceira sócia do empreendimento. No ano passado, a Flaminga faturou 3,3 milhões de reais. Para este ano, a meta é de 5 milhões de reais.
Saiba mais sobre o negócio de Cristina Horowicz, Cynthia Horowicz e Sylvia Sendacz.
Juliana Silveira e Renata Pires são amigas desde que tinham 13 anos de idade. As duas engravidaram pela primeira vez na mesma época, e resolveram pesquisar na internet questões comuns para mães de primeira viagem. Elas descobriram um problema: não havia tanta informação disponível por volta daquele ano, 2010. Faltavam desde coisas pequenas, como o que comprar para o enxoval, até questões mais sérias, como quando é preciso chamar o pediatra.
Passados os anos mais tensos de maternidade, as duas decidiram que seus aprendizados poderiam ajudar outras que, como elas, também procuraram informações na internet e não obtiveram muito sucesso. Assim nasceu o Just Real Moms, em 2012. Em 2015, o negócio projetou um faturamento de 800 mil reais.
Saiba mais sobre o negócio de Juliana Silveira e Renata Pires.
Para a empreendedora Rafaella Giraldi, não receber recursos financeiros de familiares ou de investidores não foi desculpa para desistir do sonho de abrir um negócio. Ela, que começou a carreira como atendente de telemarketing, guardou um pouquinho de dinheiro todo mês durante cinco anos para criar sua própria escola.
Em 2005, a empreendedora de então 25 anos criou a Macpoli. Algumas das aulas falam sobre administração, informática, inglês, gestão empresarial e liderança, gestão de recursos humanos, Excel, Autocad, preparatório para concursos públicos e preparatório para Enem. O empreendimento deu tão certo que virou uma rede de franquias. Hoje, a Macpoli possui 20 unidades em funcionamento. A empreendedora diz que lança novos cursos a cada seis meses e que pretende abrir outras 30 unidades em 2016.
Saiba mais sobre o negócio de Rafaella Giraldi.
Ana Maria Junqueira sempre gostou de escrever. No escritório de advocacia onde trabalhava, isso significava redigir cláusulas e contratos. Hoje, Ana continua vivendo de escrever, mas agora sobre outro assunto: as viagens que ela coleciona ao redor do mundo.
Os relatos de Ana estão no Magari Blu, blog que começou quando fazia um mestrado na Itália, em 2011, após seis anos em um grande escritório de advocacia (o nome do projeto vem de uma música do italiano Lucio Dalla). Além do conteúdo, a página oferece hoje serviços feitos por agências de viagens, como ajudar com trâmites e elaborar programações turísticas.
Em 2012, a hoje empresária Laís Ribeiro, 28, casou-se às pressas e sem muito planejamento. Com uma festa simples e pouco dinheiro disponível, a jovem penou para encontrar um vestido de noiva que combinasse com a ocasião. Tempos depois, sua amiga Natália Pegoraro passou pelo mesmo problema.
A dificuldade foi o estalo que as empreendedoras precisavam para lançar seu próprio negócio, batizado de O Amor é Simples. Como o próprio nome diz, a loja virtual vende vestidos para quem vai fazer uma festa de casamento mais simples, no campo, na praia ou mesmo no cartório, mas que nem por isso quer abrir mão do traje de noiva.
Saiba mais sobre o negócio de Laís Ribeiro e Natália Pegoraro.
A empreendedora Ana Baravelli, 45 anos, é considerada a cozinheira da sua turma de amigos e sempre ajudou a família, parte japonesa e parte italiana, a preparar as refeições de casa. Mas a hoje personal chef só começou a cozinhar como profissão quando as contas apertaram: ela teve de custear as obras do seu novo apartamento.
Cinco anos após a compra da residência, ela passou a dedicar dois dias por semana para a culinária tradicional japonesa: nesse tempo, ela chega a preparar até 60 bentôs, que são uma espécie de marmita nipônica, feita em uma caixinha retangular e com visual e sabor caprichados. Assim nasceu o Popooyo, um negócio de encomendas de bentôs divulgado exclusivamente pelo Instagram.
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