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10 ideias para começar um negócio com até R$ 10 mil

Quer abrir sua própria empresa, mas não possui muito dinheiro para isso? Veja algumas sugestões de empreendimentos para tal situação:

Dinheiro: não é preciso ter muito capital para dar asas às boas ideias (Foto/Thinkstock)

Dinheiro: não é preciso ter muito capital para dar asas às boas ideias (Foto/Thinkstock)

Mariana Fonseca

Mariana Fonseca

Publicado em 5 de junho de 2017 às 06h00.

Última atualização em 5 de junho de 2017 às 06h00.

São Paulo -  O desemprego está em um nível recorde para os últimos anos: são 14 milhões de pessoas procurando vagas de trabalho. Diante da falta de empregos para todos, abrir um negócio próprio se torna um caminho viável para continuar gerando renda.

Porém, muitos futuros empreendedores não possuem grandes somas de investimento inicial para aportar na primeira empresa – especialmente se estão desempregados.

Mesmo assim, os especialistas consultados por EXAME.com concordaram que dá, sim, para abrir um negócio com poucos recursos – no caso desta matéria, até 10 mil reais. Mas dão um alerta: independente do dinheiro gasto, o planejamento precisa sempre ser tão profissional quanto o de uma gigante. Afinal, suas reservas e seu tempo é que estão em jogo.

Confira, a seguir, ideias para começar um negócio com até 10 mil reais:

1. Cozinhar em casa (na sua ou na dos outros)

Mulher na cozinha com massa (culinária, comida em casa)

- (Foto/Thinkstock)

Cozinhar em casa talvez seja a primeira atividade que venha à mente quando se fala em empreendimentos com baixo investimento inicial.

Não é para menos: mesmo com tanta oferta, ainda há espaço para novos empreendedores. As barreiras de entradas também são pequenas – basta montar uma boa cozinha em casa, treinar as habilidades na cozinha e construir uma carteira de clientes.

“O Brasil tem uma oportunidade gigantesca nesse setor de fornecimento de alimentos. No supermercado, há apenas três ou quatro grandes marcas. Vemos espaço para a entrada de quem faça produtos como compotas de doce, com um diferencial caseiro”, analisa Marco Ribeiro, gerente nacional de empreendedorismo e internacionalização do Ibmec.

2. Virar um chef profissional e fazer buffets e jantares

Chef cozinhando, programa de culinária

- (Wavebreakmedia Ltd/Thinkstock)

Se você de fato tiver o dom na cozinha, outro serviço em alta é o de personal chef: cozinhar um belo jantar na casa de outras pessoas, sob demanda.

“O chef de cozinha saiu dos restaurantes e foi para a casa dos clientes. São profissionais da gastronomia que ofertam seu serviço à domicilio”, explica Carolina Bittencourt, do Grupo Bittencourt.

Outro serviço, mais tradicional, é fornecer comida para buffets à domicílio. Nesse caso e no da comida em casa, não é preciso investir em uma estrutura de salão de festas, mas sim nos equipamentos básicos para a cozinha.

“É uma ideia de negócio que demanda recursos iniciais pequenos e é boa para quem se identifica com a área de alimentação”, explica Ana Fontes, fundadora da Rede Mulher Empreendedora.

3. Montar seu próprio carrinho de comida

Carrinho de sorvete em ambiente empresarial (food bike)

- (Foto/Thinkstock)

Ruy Barros, do Sebrae, aponta mais uma opção no mundo da alimentação que não pede um investimento inicial tão alto: ter uma bicicleta ou carrinho de comida.

“O setor de alimentação é um dos mais promissores, pensando nesse investimento de até 10 mil reais”, afirma o consultor. “Há sempre uma tendência de busca por produtos de alimentação – as pessoas deixam de comprar alguns produtos, mas não deixam de comer.”

Mas qual alimento comercializar? Isso pode variar de acordo com suas paixões e percepções de mercado, mas Barros indica alimentos mais tradicionais e com boa aceitação do público: batata-frita, churros e pipoca, por exemplo.

Fontes complementa que é preciso caprichar no ponto comercial, avaliando o fluxo de visitantes que passarão pelo seu estande.

4. Montar uma manufatura na sua própria casa

A Gathering of Stitches

- (Creative Commons/m01229/Flickr)

Uma outra ideia de negócio é oferecer serviços baseados em seus talentos manuais.

Por exemplo: se você gosta de costurar, pode abrir uma pequena confecção familiar em sua própria residência, diz Ribeiro, do Ibmec. Já Fontes, da Rede Mulher Empreendedora, cita o clássico exemplo do artesanato.

“Produtos customizados são muito valorizados, e é possível começar pequeno. Temos inúmeras histórias na Rede Mulher Empreendedora de mulheres que começaram a bordar e vendiam para amigas. Os produtos eram tão bonitos que elas começaram a vender para outras clientes, e os negócios foram crescendo.”

Em ambos os casos, é possível vender tanto pelo boca-a-boca físico quanto pela internet, em marketplaces como o Elo7.

5. Fornecer serviços que dependem de pesquisa e gestão

Homem olha post-its e papéis em mesa: planejamento

- (Foto/Thinkstock)

Mesmo sem ter dons culinários ou manuais, ainda dá para montar um negócio em casa. Há diversos serviços que dependem apenas de sua determinação em se capacitar – e uma boa dose de planejamento.

Um serviço cada vez mais comum, segundo Barros, é a programação de viagens e intercâmbios.

“O intercâmbio, até pela crise no país, está em alta e é uma opção viável de negócio com baixo investimento inicial. Seu trabalho será acompanhar a experiência dos clientes e oferecer bons roteiros”, explica o consultor do Sebrae.

Fontes cita a assessoria de comunicação/eventos e o trabalho de “personal organizer” como outros serviços possíveis.

“É possível trabalhar de casa nas duas áreas – é preciso apenas conhecer tais temas e possuir capacidade de gestão. As pessoas possuem cada vez menos tempo, e serviços que invistam nessa demanda podem ter um bom sucesso.”

6. Revender produtos de porta em porta ou pela internet

Mulher se decide entre duas peças de roupa em loja

- (Foto/Thinkstock)

A revenda de produtos costuma ser a porta de entrada de muitas pessoas ao mundo do empreendedorismo – ou, pelo menos, uma fonte de renda extra.

Barros, do Sebrae, ressalta como os setores de cosméticos e moda são atrativos e indicados para revenda. “As áreas que se relacionam com beleza possuem muita força, mesmo na crise. A pessoa quer se sentir bem e aumentar sua autoestima, independentemente da situação econômica”, explica.

Há várias formas de se tornar um revendedor. A mais conhecida talvez seja a participação em uma empresa de marketing multinível, nas quais você compra os produtos de certa marca e é responsável por montar uma carteira de clientes, recebendo uma comissão sobre a venda.

“Toda pessoa que aproxima vendedor de comprador, fazendo os links entre eles, ganha dinheiro. O marketing de rede se encaixa no caso e pede um investimento inicial abaixo de 10 mil reais”, explica Ribeiro.

Bruno Pinheiro, especialista em negócios online, ressalta que algumas lojas online funcionam em um esquema parecido: você cria sua própria página na plataforma e recebe uma comissão sobre cada venda feita por meio dela. É o caso de redes como Hotmart e Magazine Luiza, que buscam afiliados de vendas.

Com mais experiência e mais capital disponível, é possível evoluir e se registrar como um Microempreendedor individual (MEI). Com isso, você pode comprar roupas em centros comerciais e revender em lugares mais distantes, por exemplo. Diferentemente do marketing multinível, 100% do lucro da venda irá para o seu bolso.

7. Ser coach ou consultor

Mulheres fecham acordo: negociação, aperto de mãos

- (Foto/Thinkstock)

Você é especialista em alguma área de atuação? Pois sua habilidade pode virar uma boa fonte de renda.

É cada vez mais frequente o oferecimento de serviços de coach e consultoria na própria residência, na residência dos clientes ou de forma online. Seja onde for, o investimento inicial vai apenas na sua capacitação e formação de carteira de clientes.

“O histórico profissional como experiência e os contatos adquiridos ao longo dos anos podem ser a porta de entrada ao universo do empreendedorismo e render um ótimo negócio”, explica Bittencourt.

“Uma pessoa pode ter sido um excelente contador numa empresa, e ao se desligar, começar a oferecer esse serviço a pequenos negócios ou mesmo pessoas físicas.”

Porém, fica um alerta: é um ramo cheio de profissionais questionáveis, e o reconhecimento é maior quando você tem experiência comprovada naquilo que dá conselhos.

“Há cursos que a pessoa pode se formar em coaching. Mas não faça consultoria ou dê coaching para executivos sem você nunca ter sido um executivo, por exemplo”, recomenda Fontes, da Rede Mulher Empreendedora. “Mesmo usando as técnicas aprendidas, é difícil passar credibilidade e se conectar com seus clientes.”

8. Dar aulas particulares de algum talento seu

Mulher aponta para globo e ensina geografia a criança

Mother and daughter in front of a globe (Foto/Thinkstock)

“Tem domínio de algum idioma, matéria ou mesmo instrumentos musicais? Investir em ensinar pode ser uma alternativa”, afirma Bittencourt.

A maneira mais comum é começar a dar aulas na sua própria residência ou na dos clientes. Fontes, da Rede Mulher Empreendedora, ressalta que também é possível unir outros com o mesmo talento – digamos, formados em matemática – e abrir um pequeno escritório compartilhado para dar aulas de reforço escolar a vários alunos.

9. Formatar e vender conteúdo pela internet

Empreendedores usam computadores, cadernos e post-its em mesa de trabalho: planejamento, reunião, startups

- (Foto/Thinkstock)

Mesmo especialistas que não tenham a didática necessário para dar coaching ou aulas particulares podem empreender na área de educação. Uma boa ideia de negócio, nesse caso, é formatar e vender pela internet treinamentos em áreas com grande demanda.

É a moda dos “infoprodutos”: áudios, cursos e e-books que tem como diferencial fornecer informações valiosas a quem os compra.

Fontes, da Rede Mulher Empreendedora, aponta um caminho parecido: ser um freelancer de geração de conteúdo especializado para sites, que precisam de textos novos todos os dias.

Não é preciso ter muito dinheiro para começar nessas duas possibilidades – afinal, o conteúdo já está na sua cabeça.

Seu investimento inicial irá principalmente em automação de marketing (mandar e-mails quando alguém acessa informações do produto, por exemplo), em estrutura online (como um site) e em tráfego por buscadores e redes sociais, afirma Bruno Pinheiro, especialista em negócios online.

10. Ter uma loja virtual sob demanda

Empreendedor usa computador

- (Foto/Thinkstock)

Outra opção é abrir sua própria loja – seja ela física ou online. Pode parecer um empreendimento que precisa de altos investimentos, mas Pinheiro ressalta que é possível abrir uma loja funcionando sob demanda; assim, não há gastos com estoque inicial.

“Você investe apenas na criação do site e na obtenção de tráfego. Fazendo uma parceria com algum fornecedor, pode encomendar os produtos apenas quando a venda for fechada. Um e-commerce sem estoque apresenta um custo bem menos expressivo do que o de uma loja virtual maior, que trabalha com pronta entrega”, explica o especialista em negócios online.

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