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Zuckerberg diz estar pronto para batalhar e evitar fim do Facebook

Gigantes tecnológicos como o Facebook ou o Google estão sujeitos a investigações de práticas anticompetitivas nos Estados Unidos e na Europa

Mark Zuckerberg: co-fundador do Facebook diz que vai lutar pela rede social (Sullivan/Getty Images)

Mark Zuckerberg: co-fundador do Facebook diz que vai lutar pela rede social (Sullivan/Getty Images)

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AFP

Publicado em 1 de outubro de 2019 às 17h21.

Os pedidos cada vez mais insistentes de desmantelar o Facebook representam uma ameaça "existencial" para a empresa, de acordo com seu chefe Mark Zuckerberg, que diz estar pronto para "ir para o combate" para evitar que isso aconteça, segundo o site especializado The Verge.

O site diz ter a gravação de uma sessão de perguntas e respostas entre Zuckerberg e seus funcionários em julho, durante a qual ele se refere a várias questões, incluindo ataques reiterados de Elizabeth Warren, a estrela em ascensão das primárias democratas para as eleições presidenciais de 2020.

"Alguém como Elizabeth Warren acha que a solução é desmantelar as empresas", disse ele. "Se ela for eleita presidente, aposto que teremos uma luta judicial e aposto que venceremos". "Não quero iniciar um grande processo contra nosso próprio governo", disse o co-fundador da primeira rede social do mundo. "Mas, no final, se alguém tenta ameaçar algo existencial, você vai para a batalha e briga".

Gigantes tecnológicos como o Facebook ou o Google estão sujeitos a várias investigações de práticas anticompetitivas lançadas por alguns estados nos Estados Unidos e também estão na mira das autoridades europeias.

As reivindicações contra eles se referem à proteção de dados pessoais no domínio do mercado publicitário. Mas o desmantelamento dessas empresas não reduzirá, por exemplo, o risco de interferência nas eleições, segundo Zuckerberg. Em vez disso, o oposto pode acontecer "porque as empresas não podem mais coordenar e trabalhar juntas".

Tampouco reduzirá o problema dos ataques de ódio, porque todos os procedimentos implementados para combatê-los serão "mais fragmentados".

O Twitter, por exemplo, enfrenta os mesmos tipos de problemas que o Facebook, mas "nosso investimento em segurança é mais importante que sua cobrança", afirmou o CEO da rede social.

Em uma série de perguntas dos participantes da reunião, Zuckerberg também abordou o fato de não ter participado de uma audiência no parlamento britânico.

"Quando os problemas surgiram com a Cambridge Analytica no ano passado, eu apareci em audiências nos Estados Unidos, na União Europeia, mas seria tolice ir a todas as audiências nos países que querem me ver", disse.

Ele também mencionou o desenvolvimento de um novo aplicativo chamado Lasso, que visa competir com o popular aplicativo de vídeo chinês TikTok.

Contactado pela AFP, o grupo não ofereceu imediatamente sua reação à divulgação desses comentários de Zuckerberg.

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