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Zara cria 'disque-denúncia' de trabalho escravo

O grupo garante que também fortalecerá o monitoramento e capacitação de fornecedores e fará um manual de boas práticas para a indústria têxtil

Loja da Zara (Getty Images)

Loja da Zara (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2011 às 18h12.

São Paulo -  O representante do grupo Inditex, do qual a empresa de confecção Zara faz parte, Jesus Echevarria, afirmou na tarde de hoje que os casos de trabalho escravo revelados numa investigação do Ministério Público do Trabalho de São Paulo ferem os princípios e os interesses do grupo.

Ele participa de uma audiência pública promovida pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Echevarria anunciou ainda medidas para combater esse tipo de crime. O número 0800 770 9242 entrará em operação ainda hoje. Segundo o representante, o grupo também fortalecerá o monitoramento da cadeia produtiva, implementará um programa de capacitação de fornecedores e fará um manual de boas práticas para a indústria têxtil.

Segundo o auditor-fiscal Luís Alexandre de Faria, que coordenou a investigação que flagrou a prática de trabalho escravo por empresas terceirizadas pela Zara, os maiores problemas com relação a trabalho escravo no Brasil estão diretamente ligados às cadeias de produção nas áreas de vestuário e da construção civil.

Representantes do ministério da Justiça, Ministério Público do Trabalho, do Itamaraty e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) também participam do debate, proposto pelos deputados Arnaldo Jordy (PPS-PA), Geraldo Thadeu (PPS-MG) e Manuela d'Ávila (PCdoB-RS).

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