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Yingli Americas quer 20% da energia solar do Brasil em 2013

Companhia diz ter sido consultada por empresas com projetos que podem participar do leilão de energia nova em outubro

Painéis solares produzidos pela Yingli Green Energy: empresa vê forte demanda no Brasil e na América Latina (Rutgers University via Bloomberg)

Painéis solares produzidos pela Yingli Green Energy: empresa vê forte demanda no Brasil e na América Latina (Rutgers University via Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2013 às 17h38.

São Paulo - A Yingli Green Energy Americas, subsidiária de uma das principais empresas de painéis para geração de energia solar do mundo, quer ter neste ano 20 por cento do setor no Brasil, onde vê potencial de crescimento elevado, e diz ter sido consultada por empresas com projetos que podem participar do leilão de energia nova em outubro, segundo executivo da companhia.

Subsidiária da chinesa Yingli Green Energy, a Yingli Americas vê forte demanda no Brasil e na América Latina, onde a participação da empresa no mercado de energia solar fotovoltaica deve ser de 15 por cento até o fim do ano.

"Atualmente, o mercado solar brasileiro está mais receptivo para plantas geralmente menores, instaladas em telhados, por clientes residenciais, comerciais e industriais", disse o vice-presidente de vendas internacionais da Yingli Green Energy Americas, Jeffrey Barnett, em entrevista à Reuters.

"Com o recente anúncio de que a energia solar fotovoltaica poderá participar em futuros leilões de energia, iremos adicionar ao nosso foco projetos de maior escala", acrescentou.

O executivo vê potencial de crescimento dos projetos menores, principalmente com a instalação da medição inteligente de energia. Esses equipamentos possibilitam ao consumidor gerenciar melhor o consumo de energia e são um dos primeiros passos para a implantação mais ampla de redes inteligentes de energia, incluindo equipamentos próprios de geração nas residências com venda do excedente para distribuidoras.

O mercado de projetos solares menores também tende a aumentar quando forem disponibilizadas mais linhas de crédito aos consumidores para instalar as placas solares.


"Financiamento barato ao consumidor é realmente o elemento crítico", disse ele, ao acrescentar que espera que a disponibilidade dessas linhas de financiamento possa ser ampliada por fontes de crédito além do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O executivo salientou que o anúncio da inclusão da energia solar no leilão marcado para outubro não foi decisivo para a estratégia da Yingli Americas de expandir no mercado brasileiro, mas a empresa vem recebendo consultas de companhias interessadas em levar projetos à disputa.

"Temos provavelmente agora pelo menos 300 megawatts em projetos em discussão, de pelo menos 10 empresas", disse Barnett, revelando que a maioria das consultas são de empresas brasileiras.

O leilão será o primeiro no país a permitir participação de projetos solares, com a venda de energia prevista para começar a ser entregue em 2016. Entre as fontes de energia que podem participar do leilão também está a eólica, que tem sido competitiva e cujo preço-teto estabelecido nas últimas competições foi de 112 reais por megawatt-hora (MWh).

Barnett considera que o preço mínimo para a energia solar ser viabilizada em um leilão atualmente no Brasil teria que ser entre 160 e 200 reais por megawatt-hora (MW).

A Yingli Green, matriz da Yingli Americas, é a maior fornecedora no mercado de energia solar mundial, considerando entregas em 2012, que totalizaram 2.297 MW em equipamentos, segundo dados fornecidos pela companhia. A estimativa da empresa para 2013 é elevar esse número a 3.200 a 3.300 MW.

Com sede no país em São Paulo, a Yingli patrocinou a Copa das Confederações e patrocina a Copa do Mundo de 2014. A empresa desenvolveu o projeto de geração solar no estádio do Maracanã, onde instalou 1.556 painéis solares no total de 390 quilowatts (kW), em parceria com a Light Esco, empresa da Light, e com a EDF Consultoria.

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