Oslo - A fabricante norueguesa de fertilizantes Yara International, uma das líderes mundiais do setor, reforçará a presença no Brasil com a compra de 60% do grupo Galvani Indústria, Comércio e Serviços.
A compra custará 318 milhões de dólares, segundo a empresa norueguesa.
"A operação Galvani nos ajudará a ter uma capacidade de produção de fertilizantes a base de fosfato no centro do país e nas zonas agrícolas atrativas e em pleno desenvolvimento no Brasil", declarou o diretor geral da Yara, Joergen Ole Haslestad.
Além do valor da compra serão adicionados 93 milhões de dólares para assumir a dívida e uma injeção, sob certas condições, de US$ 165 milhões na empresa brasileira.
A Yara já tem uma boa presença no Brasil, particularmente depois da compra no ano passado de ativos da americana Bunge no país por 750 milhões de dólares. A operação incluiu 22 unidades com uma produção anual de 4,8 milhões de toneladas de fertilizantes.
O grupo Galvani tem capacidade de produção anual de quase um milhão de toneladas de superfosfato simples, alimentado pela exploração de três minas, duas delas de sua propriedade.
O grupo brasileiro projeta ainda o desenvolvimento de outras três fábricas de extração de fosfato de rocha. A Yara se comprometeu a investir 552 milhões de dólares nos projetos.
A aquisição, que ainda depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), deve ser concluída no quarto trimestre, segundo a empresa norueguesa.
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1. XPRO pela General Electric
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1/11 (Scott Olson/Getty Images)
São Paulo - A GE Healthcare, braço da companhia que atua no segmento de equipamentos médicos, anunciou ontem, dia 4, a compra da empresa brasileira XPRO, do mesmo segmento, por um valor não foi divulgado. A
iniciativa servirá para aumentar as exportações da GE, principalmente, para países emergentes. A XPRO possui em seu portfólio um equipamento de raio-X , com ênfase em cardiologia, neurologia e radiologia - estima-se que a empresa brasileira detém hoje cerca de 35% desse mercado no país.
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2. Catho pelo australiano Seek
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2/11 (Divulgação/Catho)
A Brasil Online Holdings, dona da Catho, um dos maiores sites de busca de emprego do país, foi comprada no dia 30 pelo grupo Seek. Desde novembro de 2008, os investidores australianos já participavam do capital da companhia, com uma fatia de 30%. Por meio de um novo aporte, assumiram o controle da Catho ao elevar sua participação para 51%. O
valor estimado da transação foi de 78,8 milhões de dólares e, segundo os dados fornecidos pela Seek, a Catho conta com aproximadamente 5,3 milhões de visitantes por mês. O site oferece cerca de 125.000 anúncios de empregos a cada mês, com 5.000 clientes pagantes, que têm o direito de acessar o banco de currículos.
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3. Rapidão Cometa pela FedEx
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3/11 (Getty Images)
A Rapidão Cometa foi outra brasileira abocanhada por uma gigante estrangeira.
A FedEx comprou a empresa de transporte e logística nacional por um valor não divulgado. A empresa já era representante autorizada da americana no Brasil havia mais de uma década. Fundada há 70 anos e com sede em Recife, a Cometa atende a todos os estados do país e tem mais de 17.000 clientes, aos quais atende com cerca de 770 veículos e 9.000 funcionários. Segundo a FedEx, a integração dos negócios de logística, distribuição e carga expressa da Rapidão Cometa deve ocorrer entre 18 a 24 meses após a conclusão do negócio.
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4. Fogo de Chão pelo fundo Thomas H. Lee
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4/11 (Fogo de Chão/Divulgação)
A GP Investments vendeu 100% de sua participação na holding de
investimento da Fogo de Chão Churrascaria, por um valor de 400 milhões de dólares. O comprador foi o fundo Thomas H. Lee Partners. A expectativa é que a efetivação da venda ocorra no terceiro trimestre de 2012, informou a GP em fato relevante. O negócio com a Thomas H. Lee foi feito pela subsidiária GP Capital Partners III (GPCPIII), fundos de co-investimento e private equity, segundo o documento.
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5. Netshoes por um fundo de Cingapura
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5/11 (Alexandre Battibugli/EXAME.com)
Com o investimento de 135 milhões de reais na Netshoes, a Temasek, holding de investimento do governo de Cingapura, tornou-se sócia do site brasileiro de venda de artigos esportivos. O negócio foi confirmado pela assessoria de imprensa da Netshoes. Embora a participação adquirida no portal de e-commerce não tenha sido revelada, sabe-se que a fatia da Temasek foi comprada de cada um dos sócios da empresa, incluindo a participação do fundo americano Tiger Global, que também investe no Mercado Livre e LinkedIn, e do CEO da companhia, Marcio Kumruiam.
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6. Ypióca pela Diageo
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6/11 (Wikimedia Commons)
A multinacional britânica de bebidas Diageo, dona de marcas como Johnnie Walker, Smirnoff e Jose Cuervo,
comprou a fabricante de cachaça Ypióca por 940 milhões de reais. Além da marca, a negociação incluiu ativos da Ypióca Agroindustrial Ltda, como uma destiladora em Paraipaba (CE), uma unidade engarrafadora em Fortaleza, no Ceará, e um armazém em Guarulhos, São Paulo. Com 160 anos de história, a Ypióca é a segunda maior marca de cachaça do país em valor de mercado e a terceira em volume no Brasil, com vendas de 177 milhões de reais por ano. Já a companhia britânica tem presença em 180 países e, até junho de 2011, o equivalente a 5,9 bilhões de reais.
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7. Yoki pela General Mill
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7/11 (Stock Xchng/Getty Images)
Uma das empresas mais tradicionais de alimentos processados do país, a Yoki Alimentos, também foi abocanhada por uma gigante mundial do setor. A americana
General Mills pagou estimados 2 bilhões de reais pela brasileira na transação deve ser concluída no final deste mês. Conhecida no mercado por sua pipoca de micro-ondas, a Yoki faturou cerca de 1,1 bilhão de reais em 2011. A empresa tem nove fábricas em seis Estados e produz 610 itens diferentes, de salgadinhos a sucos prontos e emprega mais de 5.000 pessoas no país. Atualmente, a General Mills é a quinta maior empresa de alimentos do mundo. No Brasil, onde atua desde 1996, comercializa apenas produtos importados, como barras de cereais e sorvetes Häagen-Dazs.
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8. EBX pela GE
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8/11 (Wikimedia Commons)
A
GE anunciou o investimento de 300 milhões de dólares no Grupo EBX, do empresário
Eike Batista, em uma transação que ajudará no desenvolvimento de projetos e reforçará a estrutura de capital da holding que agrupa empresas de petróleo, mineração, logística, entre outras. Sob o acordo, a GE assumirá uma participação acionária minoritária de 0,8% na Centennial Asset Brazilian Equity, companhia de investimento do bilionário brasileiro, e em outras holdings offshore do Grupo EBX. A GE já fornece equipamento e serviços para a EBX, como turbinas e equipamento de energia, e é potencial fornecedora para os segmentos de petróleo e construção de navios.
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9. Yoggi pela dona da marca Bob’s
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Também neste mês, a holding de alimentos Brazil Fast Food Corporation (BFFC), listada na bolsa de NY, dona da marca de restaurante Bob’s,
comprou a rede de iogurte congelado Yoggi por um valor não foi divulgado. A empresa de iogurte congelado é a primeira do ramo a entrar no portfólio da BFFC, dona também da rede Bob´s e operadora das marcas KFC e Doggis no Brasil e Pizza Hut na Grande São Paulo. Criada em 2008, a Yoggi hoje fatura cerca de 90 milhões de reais por meio de seus 57 franqueados em 23 estados e no Distrito Federal. A expectativa da companhia é chegar a 80 lojas até o final deste ano.
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10. FleetCor compra CTF
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A FleetCor, maior fornecedora de cartão de combustível do mundo,
pagou 180 milhões de dólares pela brasileira de cartões CTF Technologies, líder no mercado de pagamentos de combustível no Brasil, com uma carteira de clientes que inclui Petrobras e rede Ipiranga. De acordo com comunicado divulgado pela companhia, a operação será ponte para que a FleetCor comece a atuar no mercado brasileiro, uma vez que a CTF oferece serviços de processamento de pagamentos de combustível para frotas de navios, equipamentos de mineração e ferrovias no país. A transação deverá ser concluída em aproximadamente 60 dias.
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11. Multilab pela Takeda
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11/11 (Getty Images)
A farmacêutica japonesa
Takeda pagará até 540 milhões de reais pela Multilab, fabricante brasileira de genéricos e remédios que não exigem receita médica. A compra fará da Takeda uma das dez maiores companhias farmacêuticas que atuam no Brasil, o segundo maior país emergente para a empresa depois da Rússia. As duas companhias devem concluir o negócio no segundo trimestre do ano fiscal de 2012.