Negócios

Yahoo terá de demitir 1400 funcionários, dizem analistas

Segundo a Morgan Stanley, a CEO Marissa Mayer teria que demitir um grande número de funcionários para manter a receita da empresa este ano


	Marissa Mayer: as demissões fariam parte de uma série de cortes que a empresa tem feito em seu quadro de funcionários
 (Bloomberg)

Marissa Mayer: as demissões fariam parte de uma série de cortes que a empresa tem feito em seu quadro de funcionários (Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2015 às 12h04.

Segundo analistas da Morgan Stanley, empresa global de serviços financeiros, a CEO Marissa Mayer teria que demitir mais 1 400 funcionários para manter a receita do Yahoo estável neste ano.

As demissões fariam parte de uma série de cortes que a empresa tem feito em seu quadro de funcionários desde outubro do ano passado.

Sob pressão para cortar custos na companhia, Marissa já havia demitido entre 700 e 900 pessoas de sua força de trabalho.

No entanto, os analistas afirmam que a empresa precisaria reduzir o número de funcionários em 11% para manter os ganhos de 2014 e 2015.

Isso porque o Yahoo possui um número de empregados muito grande em relação a sua receita.

Para se ter uma ideia, a companhia tem quase 4 mil funcionários a mais que o Facebook, mesmo com um ganho 37% menor que a gigante das redes sociais.

Por outro lado, os gastos por funcionário são bem menores que outras empresas do setor.

O Yahoo tem um gasto de 370 mil dólares por empregado, número 70% menor que a receita destinada aos funcionários do Google e 34% menor que a do AOL.

A CEO é conhecida por evitar esse tipo de corte na companhia.

Quando chegou ao Yahoo, em 2012, Marissa se recusou a ouvir os membros da diretoria e até mesmo um capitalista de risco que a aconselhavam a demitir milhares de funcionários de uma só vez para salvar a empresa.

Em vez de demitir, a executiva optou por controlar os gastos e aprimorar a base de talentos da empresa por meio de um sistema de avaliação de empregados chamado de "QPRs".

Os funcionários em cada time eram classificados com notas que iam de 1 a 5, e aqueles que eram mal avaliados acabavam sendo mandados embora. Tal método, entretanto, não agradou muito aos funcionários e nem ao público de fora.

Investidores chegaram a afirmar que se fosse mais agressiva com os cortes, Marissa economizaria 1 bilhão de dólares em custos para a empresa.

E mesmo tentando evitar ao máximo essa forma de corte de gastos, as demissões recentes foram suficientes para afetar a moral da companhia, uma vez que os funcionários não gostaram da maneira como elas foram conduzidas.

Segundo fontes do Business Insider, os empregados afirmam que a empresa não é mais tão transparente como quando Marissa assumiu o cargo de CEO. Há casos de funcionários demitidos que foram deixados em modo de espera sem saber o que aconteceria com eles.

“O público, assim como os empregados do Yahoo, merece saber o que está acontecendo. Os executivos não são claros sobre o que está acontecendo e se esquivam do problema”, diz uma das fontes ao site.

Acompanhe tudo sobre:bancos-de-investimentoEmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetMarissa MayerMorgan StanleyMulheres executivasYahoo

Mais de Negócios

As 15 cidades com mais bilionários no mundo — e uma delas é brasileira

A força do afroempreendedorismo

Mitsubishi Cup celebra 25 anos fazendo do rally um estilo de vida

Toyota investe R$ 160 milhões em novo centro de distribuição logístico e amplia operação