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Yahoo paga US$ 544 mil em segurança de CEO. E é pouco

Benefício é ainda maior para os principais executivos de outras gigantes de tecnologia, como Facebook e Apple


	Marissa Mayer CEO do Yahoo: empresa acumulou prejuízo de US$ 4,4 bilhões em 2015
 (Getty Images)

Marissa Mayer CEO do Yahoo: empresa acumulou prejuízo de US$ 4,4 bilhões em 2015 (Getty Images)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 30 de maio de 2016 às 10h47.

São Paulo – Marissa Mayer tem sido alvo de muitas críticas de investidores a funcionários do Yahoo por sua maneira pouco ortodoxa de comandar a companhia.

Além dos rumos questionáveis que ela aponta para a reestruturação do negócio, a executiva passou a ser julgada também por seu custo dentro da empresa – mais exatamente por quanto é investido em sua segurança pessoal todos os anos.

De acordo com a CNN Money, o Yahoo pagou US$ 544 mil* para tal finalidade no ano passado, valor bem superior ao total gasto com a segurança da companhia, de US$ 23 mil.

O desembolso é justificado por pagamento de seguranças privados para a executiva em viagens a trabalho e proteção para ela dentro e fora das instalações da corporação.

As despesas vieram à tona nesta semana e estão sendo questionadas pela SEC, órgão americano equivalente a CVM no Brasil.

O Yahoo, no entanto, justifica que as despesas são “extremamente razoáveis” e algo corriqueiro dentro de uma grande empresa. Não seria um privilégio, mas um benefício a todos.

Longe do teto

De fato, esse tipo de aporte não acontece apenas no Yahoo e o valor destinado não é tão alto, quando comparado ao investido pelas outras grandes do setor.

No mesmo período, a Apple pagou US$ 209,4 mil para a segurança de Tim Cook, menos do que a Alphabet, do Google, destinou à segurança de Eric Schmidt - US$ 303,1 mil.

Mark Zuckerberg recebeu US$ 610,5 mil no Facebook, valor menor ao destinado ao co-fundador da Oracle, Larry Ellison, de cerca de US$ 1,5 milhão.

No caso de Mayer, a discussão pesa mais porque a posição dela hoje não agrada a grande maioria dos investidores. Por motivos justos.

Com um prejuízo bilionário de US$ 4,4 bilhões em 2015, a companhia demitiu 1.200 pessoas só no último trimestre.

Depois de não conseguir vender sua participação na varejista chinesa Alibaba, decidiu vender seus próprios ativos.

Atualmente busca compradores para seu negócio principal, que concentra anúncios na internet, sites, email, pesquisa, Tumbrl, Flickr e produção de conteúdo.

*Matéria corrigida 30/05, 10h

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