Negócios

Xiaomi desacelera no 3° tri com queda na venda de smartphones

Mercado de smartphones na China enfrenta uma pausa prolongada nas vendas e a maior rival, a Huawei, aumenta sua participação no mercado

As vendas de smartphones ainda representam a maior parte das receitas da Xiaomi (./Getty Images)

As vendas de smartphones ainda representam a maior parte das receitas da Xiaomi (./Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 27 de novembro de 2019 às 15h40.

Xangai - A fabricante chinesa de smartphones Xiaomi registrou seu menor crescimento trimestral de receita, conforme o mercado de smartphones do país enfrenta uma pausa prolongada nas vendas e a maior rival Huawei aumenta sua participação no mercado.

A demanda por smartphones diminuiu na China, pois os consumidores estão utilizando os dispositivos por mais tempo. Os compradores também passaram a apoiar mais à Huawei, aumentando as vendas da segunda maior fabricante de smartphones do mundo, que foi adicionada a uma lista negra comercial pelos Estados Unidos.

As vendas de smartphones ainda representam a maior parte das receitas da Xiaomi, mas estão promovendo sua divisão de serviços de internet, que consiste principalmente em vendas de anúncios online. Os negócios, no entanto, respondem por apenas 10% da receita total - a mesma proporção de quando a empresa listou suas ações em agosto de 2018.

As receitas dos negócios de smartphones da Xiaomi caíram 8%, para 32,3 bilhões de iuanes no trimestre encerrado em 30 de setembro. A empresa vendeu cerca de 32,1 milhões de telefones durante o período, cerca de um milhão de unidades a menos que no ano anterior.

A receita total aumentou 5,5%, para 53,66 bilhões de iuanes, em relação ao mesmo período do ano passado, em grande parte em linha com as expectativas de analistas, de acordo com dados da Refinitiv.

Excluindo itens únicos, a Xiaomi ganhou 3,47 bilhões de iuanes, contra 2,89 bilhões de iuanes há um ano.

A empresa pretende fazer um lançamento agressivo de dispositivos habilitados para redes 5G em 2020, à medida que a tecnologia estiver disponível em toda a China. Até o momento, a empresa lançou dois modelos de smartphones habilitados para 5G, um na Europa e outro no mercado doméstico.

No mês passado, o presidente-executivo Lei Jun disse que a empresa lançará mais de 10 telefones 5G com preços para uma variedade de orçamentos no próximo ano.

"Se você olhar para o mercado chinês de smartphones nos últimos dois anos, é verdade que houve algum declínio, e recentemente também vimos alguma pressão no mercado", disse o vice-presidente financeiro da Xiaomi, Chew Shou Zi, em uma teleconferência de resultados.

"Quando a era 5G estiver conosco, acredito que começaremos a ver uma melhora significativa no mercado de smartphones".

Acompanhe tudo sobre:5GHuaweiSmartphonesXiaomi

Mais de Negócios

Ford aposta em talentos para impulsionar inovação no Brasil

Fortuna de Elon Musk bate recorde após rali da Tesla

Prêmio Sebrae Mulher de Negócios 2024: conheça as vencedoras

Pinduoduo registra crescimento sólido em receita e lucro, mas ações caem