São Paulo - A WTorre e o Grupo Goodman, que operavam em joint venture desde 2012, anunciaram sua cisão. Assim, a WTGoodman deixa de existir e o grupo australiano passa a operar no Brasil sob sua marca global.
Segundo o presidente da ex-WTGoodman e agora CEO da Goodman, César Nasser, a decisão de desfazer a joint venture foi um consenso entre os sócios. “As duas empresas estão em um estado maduro e estabelecidas no mercado. Achamos por bem que cada uma seguisse o seu caminho”, diz ele.
A Goodman se uniu à WTorre para entrar no Brasil “e entender o mercado, que tem muitas peculiaridades”, de acordo com ele. Agora, a empresa australiana se sente confortável em atuar sozinha.
No acordo de cisão, não há nenhuma cláusula que impeça as duas empresas de competirem. “Vamos nos encontrar no dia a dia dos negócios”, diz o presidente.
Divisão de ativos
As duas empresas firmaram parcerias em 2012 para a construção de centros de logística no país. Na época, a WTorre entrou com quatro terrenos e a Goodman investiu 340 milhões de reais em dinheiro. Agora, com a cisão, os ativos serão divididos entre as duas partes.
A Goodman ficará com a operação de gestão e os ativos já construídos, sob a liderança de Cesar Nasser. São 276 mil metros quadrados de ativos no Rio de Janeiro e São Paulo.
Entre eles, está um galpão alugado para a Via Varejo no Rio de Janeiro, um condomínio em Duque de Caxias para os Correios, um condomínio em fase de locação em Itupeva e um centro de distribuição desenvolvido para uma grande varejista norte-americana.
Já a WTorre ficará com os demais ativos, como o caixa e terrenos ainda não construídos.
Agora, a Goodman planeja reforçar seu portfólio de ativos – ela já tem 300 milhões de reais de patrimônio líquido e 600 milhões de reais em valor de ativos. Para isso, a empresa aproveitar a baixa do mercado imobiliário.
“Assim, surgem alguns ativos a preços interessantes, já ajustados a uma realidade de mercado menos aquecido. Então vamos aproveitar para investir em aquisições e, quando o mercado reanimar, daqui a 3 ou 4 anos, teremos um portfólio de qualidade”, afirma Nasser.
Cisão no Allianz Parque
Há um mês, a WTorre rompeu o contrato, que havia sido firmado em 2011, com o grupo americano AEG, maior gestor de arenas e estádios do mundo.
A WTorre, que é responsável pela construção do estádio do Palmeiras e dona dos direitos de exploração do Allianz Parque, estava descontente com os rumos da parceria com a AEG, afirmou o jornal O Estado de S.Paulo.
O grupo americano não estaria cumprindo o combinado, que era atrair patrocinadores e organizar grandes eventos na arena, disse a WTorre.
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1. Visionárias
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1/12 (Daniel Acker/Bloomberg)
São Paulo – A Fast Company divulgou sua famosa lista das empresas mais
inovadoras do mundo, aquelas que inovam na maneira de lidar com os negócios e influenciam novos comportamentos e tendências de mercado em todo mundo. O que surpreendeu neste ano é que a primeira do ranking não é o
Google,
Facebook, nem
Apple, mas também sabe lidar muito bem com tecnologia. A companhia de mídia BuzzFeed tem “uma capacidade quase profética para se reinventar”, justifica a publicação, que também incluiu na lista nomes como
Uber e
Netflix. A seguir confira quais são as 10 mais inovadoras de 2016, segundo a revista.
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2. BuzzFeed
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2/12 (Divulgação)
Criada em 2006, a empresa de mídia americana BuzzFeed é bem conhecida pelos seus conteúdos de gifs fofos de gatinhos e listas engraçadas. Mas o negócio, que já levantou 300 milhões de dólares desde janeiro deste ano, é bem mais que isso. Apontada como a mais inovadora do mundo pela Fast Company, em 2016, a empresa tem “uma capacidade quase profética para se reinventar e abundância de investimento externo”, aponta a publicação, o que dá a ela grandes chances de seguir para um IPO histórico – e um futuro muito promissor. Ela já conta com 11 edições, da Austrália ao México, e tem transferido sua habilidade de viralizar notícias para apostar em coberturas políticas profundas, notícias globais de grande repercussão e críticas bem embasadas. A mídia social é responsável por 75% de seu tráfego e, ciente disso, a empresa aposta em ferramentas próprias, como o Snapchat Discover, e o aumento de sua presença em vídeo.
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3. Facebook
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3/12 (Brendan McDermid/Reuters)
Quando foi criada pelos então amigos e estudantes de Harvard
Mark Zuckerberg, Chris Hughes, Eduardo Saverin, Dustin Moskovitz e Andrew McCollum, em 2004, o Facebook era uma rede social em que pessoas criavam perfis e postavam atualizações para amigos. Doze anos depois, tornou-se uma plataforma de publicidade robusta, que lidera iniciativas de acesso à Internet em países emergentes e se aventura em inteligência artificial e realidade virtual. Além de incrementar sua rede com um bilhão de novos usuários a cada dia, 800 milhões de pessoas usam seu aplicativo Messenger e outras 400 milhões foram acrescidas ao Instagram, desde sua compra, em 2012.
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4. CVS
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4/12 (GettyImages)
Enquanto concorrentes como a Walgreens fecham lojas, a CVC planeja como vai crescer cada vez mais – e dependendo cada vez menos das tradicionais vendas de medicamentos da rede. Rebatizada de CVS Caremark para CVC Healt, em 2014, ela conta com 10.000 lojas, com serviços que vão de farmácia, varejo, clínicas de saúde e até de um laboratório de inovação digital para criar formas de melhorar os cuidados com a saúde de forma inteligente. A companhia, segundo a Fast Company, vem mostrando que está atenda à transformação dos consumidores. Tanto que, além de incluir produtos saudáveis em suas gôndolas, proibiu cigarros em suas lojas e até criou um programa para os interessados em largar o vício.
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5. Uber
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5/12 (Charles Platiau / Reuters)
O Uber é hoje o pesadelo dos taxistas – e a startup mais valiosa do mundo, além da quarta empresa mais inovadora, de acordo com este ranking. Lançado em 2010, o aplicativo permite que usuários contratem serviços de motoristas com uma variedade grande de preços, que o fazem ser muitas vezes mais baratos que táxis. Em 2015, a companhia criou serviços corporativos, como o de mensageiro Rush e o pré-pago para participantes de eventos, UberEvents, ambos ainda não disponíveis no Brasil – iniciativas que contribuíram para que a empresa fosse avaliada em 50 bilhões de dólares. Mais valioso que isso, só os dados que estão em suas mãos. Tanto que a empresa traça hoje uma rota para poder rentabilizar isso da melhor forma. Apenas em 2014 o Uber realizou 140 milhões de transportes em 68 países. O plano é dobrar o número de corridas com a presença em mercados grandiosos. Para isso, 1 bilhão de dólares foram investidos pelo Uber na expansão do negócio na Índia e outros 1,2 bilhão de dólares foram aportados na China.
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6. Netflix
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6/12 (Victor J. Blue/Bloomberg)
A empresa de entretenimento americana começou como um serviço de DVD pelo correio, em 1997, e só dois anos depois começou seu modelo de assinatura atual, via streaming. Agora, conta com mais de 75 milhões de assinantes em 190 países. A maior parte dos programas de TV, filmes e documentários que disponibiliza são licenciados a partir de parceiros de distribuição e desde 2011 vem apostando em um conteúdo original. A ideia não é atingir todos os tipos de públicos, mas garantir o amor fiel de alguns nicho,s com opções de séries bem distintas – o sucesso de Orange is The New Black e House of Cards mostra como essa estratégia tem dado certo. Para este ano, o plano é lançar o equivalente a um filme novo por semana em conteúdo original.
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7. Amazon
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7/12 (Divulgação Amazon)
Fundada em 1994 pelo empresário Jeff Bezos, a Amazon é a maior varejista online dos Estados Unidos, com a venda dos produtos mais díspares possíveis, como conteúdo digital e materiais de limpeza em seu site, além de seu e-reader Kindle e computação em nuvem para empresas. A obsessão da companhia com eficiência e a adaptação do negócio para o futuro explica como ela agora entrega produtos em menos de uma hora nos Estados Unidos, com o serviço Prime, e planeja implantar sua própria frota de drones, com o Amazon Prime Air. A inovação também acontece do mundo virtual para o real. Em novembro, a companhia
abriu sua primeira loja física nos Estados Unidos.
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8. Apple
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8/12 (Reprodução/Apple)
Desde sua criação, em 1976, a Apple tem revolucionado a indústria de eletrônicos de consumo. A empresa ajudou a lançar a era do computador pessoal nos anos 1980 com o Macintosh a preços acessíveis; mudou a maneira das pessoas ouvirem música com o iPod e, mais tarde, o iTunes; e lançou o sistema iOS, base do smartphone mais popular do mundo. Hoje, ela segue com o poder de influenciar a tecnologia de consumo a nível mundial, com áreas de entretenimento que só crescem, com a Apple Música e Apple TV, além de invadir áreas distantes das suas origens, como as indústrias de carros e saúde. Como exemplo, em abril de 2015, a empresa anunciou um plano para construir 200 megawatts de projetos de energia solar na China, que vai produzir o suficiente para abastecer 265.000 casas por um ano.
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9. Google
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9/12 (Reuters/Peter Power)
Em oitavo lugar está a Aplhabet, criada em 2015 para abrigar o Google e todas as outras empresas baseadas em ideias futuristas do grupo, como a de carros sem motoristas. A empresa está sediada em Mountain View, Califórnia, e tem como presidente executivo o ex-CEO do Google, Eric Schmidt. Nem todos os seus negócios visionários irão vingar, aposta a Fast Company, mas “ suas ambições de crescimento de quase 20 anos é um modelo digno de estudo para pessoas que procuram criar grandes mudanças no mundo”.
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10. Black Lives Matter
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10/12 (GettyImages)
O novo lugar do ranking não é uma empresa, mas um movimento social que, de tão pautado e bem articulado, ganhou uma força monumental nos Estados Unidos. O “Black Lives Matter” (vidas negras importam, em tradução livre) começou em 2013, após a absolvição do vigilante George Zimmerman por matar Trayvon Martin, um jovem de 17 anos desarmado, que não havia cometido crime algum. A revolta com o caso ganhou tanta repercussão que reuniu, com uma bela ajuda das redes sociais, um grande grupo de novos e experientes ativistas em busca de debates e soluções para questões que impactam negativamente vida das pessoas negras. O grupo pautou os presidenciáveis democratas americanos Bernie Sanders, Hillary Clinton, e Martin O'Malley a abordarem a desigualdade racial, a violência policial e reforma da justiça penal em suas plataformas políticas.
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11. Taco Bell
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11/12 (Wikimedia Commons)
Como a KFC e o Pizza Hut, a rede Taco Bell pertence à Yum e atende 42 milhões de clientes por semana em cerca de 7.000 restaurante em todo o mundo. Fundada na Califórnia em 1962, a marca ganhou espaço no coração dos consumidores, graças às suas campanhas de publicidade populares e ao seu cardápio de inspiração mexicana. Sua presença nesta lista se deve a sua habilidade em lidar com as exigências dos novos consumidores – uma desenvoltura que outras grandes do setor ainda não conquistaram. Com prova, seu aplicativo foi baixado por 4,9 milhões de pessoas, pela facilidade de atendimento que proporciona. Tótens de touch screen para pedido em algumas de suas lojas, além de serviços destinados aos clientes que querem receber refeições em casa, têm impulsionado o negócio, que quer expandir suas lojas internacionais das atuais 280 para 1.000.
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12. Confira também
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12/12 (Steve Marcus/Reuters)