Negócios

WSJ destaca possibilidade da OGX ficar sem caixa em 2014

Segundo jornal americano, petroleira de Eike Batista vem dando sinais de que reestruturação está cada vez mais longe de acontecer


	Eike Batista: OGX pode ficar sem caixa em 2014
 (VEJA SÃO PAULO)

Eike Batista: OGX pode ficar sem caixa em 2014 (VEJA SÃO PAULO)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 21 de junho de 2013 às 11h04.

São Paulo – O inferno astral vivido por Eike Batista já completou um ano e não há sinais aparentes de que a crise enfrentada pelas empresas do bilionário tenha data para acabar.  Diante de um cenário de incertezas, o pessimismo tem prevalecido no mercado. O jornal americano Wall Street Journal destacou, na última quinta-feira, a possibilidade de o caixa da OGX, braço de petróleo e principal empresa do grupo EBX, secar no próximo ano.

Segundo Jack Deino, ouvido pelo jornal e administrador de mais de 2 bilhões de dólares em ativos nos países emergentes, existe o risco de a OGX  ficar sem dinheiro no próximo ano. O investidor já teve ações da companhia brasileira, mas vendeu, em 2012, nos primeiros indícios de que a crise iria estourar. 

Na semana passada, a Fitch reduziu os ratings da petroleira para "CCC", com perspectiva negativa. O corte impactou o preço das ações – que passaram a ser negociadas a menos de 1 real na bolsa.  "O valor já indica que os investidores estão vendo uma empresa em um cenário de liquidação", afirmou Marco Sá, analista do Credit Agricole Securities, ao jornal americano.

Como tudo começou

Em meados de 2012, após anunciar a produção de 5.000 barris de óleo equivalente por dia – volume muito abaixo do estimado para o Campo de Tubarão, na Bacia de Campos - a OGX começou a perder força e credibilidade no mercado. Desde então, Eike vem buscando alternativas para reverter a imagem negativa diante dos investidores e acionistas, as tentativas não têm surtido efeito.

Em maio, Eike vendeu 40% de participação nos blocos BM-C-39 e BM-C-40, do Campo Tubarão Martelo, na Bacia de Campos, para a Petronas por 850 milhões de dólares. A operação foi bem recebida pelo mercado, mas não resolve todos os problemas enfrentados pelas empresas X do bilionário brasileiro e é por isso, que outros ativos do grupo também podem ser negociados.

Dívida

A OGX lidera o ranking das empresas mais endividadas do grupo EBX. Segundo dados do balanço do primeiro trimestre, a companhia soma quase 8 bilhões de reais em dívidas. Para piorar a situação, mais de 95% desse montante estão atrelados ao dólar e com a variação cambial rcente, esse número pode ficar muito maior a partir de agora.  Já o caixa da companhia encerrou o período com 1,1 bilhão de reais, 31% menor na comparação com o trimestre anterior.

Eike  chegou a perder mais de 20 bilhões de dólares em patrimônio e perdeu também o posto de homem mais rico do país, no ranking da revista americana Forbes, desde que mergulhou no permanente inferno astral.  Está difícil para o mercado acreditar que o empresário possa reverter o atual cenário.

Acompanhe tudo sobre:EBXEike BatistaEmpresáriosEmpresasEnergiaGás e combustíveisIndústria do petróleoMMXOGpar (ex-OGX)OSXPersonalidadesPetróleo

Mais de Negócios

A corrida contra o tempo é um negócio milionário para esta startup capixaba

Azeite a R$ 9, TV a R$ 550: a lógica dos descontaços do Magalu na Black Friday

20 frases inspiradoras de bilionários que vão mudar sua forma de pensar nos negócios

“Reputação é o que dizem quando você não está na sala”, reflete CEO da FSB Holding