Reprodução da página do Google com informações oficiais sobre clima (google/Reprodução)
Da Redação
Publicado em 29 de julho de 2022 às 10h00.
Última atualização em 4 de agosto de 2022 às 11h57.
A transição para um mundo de baixo carbono requer medidas abrangentes de governos e empresas, mas também exige a participação dos cidadãos. Como indivíduo, cada um tem um papel a desempenhar nesse desafio. Por isso, aproximar as pessoas do assunto e combater a desinformação são hoje prioridade.
Diante dessa missão, gigantes como Whatsapp, Facebook e Google estão usando seu alcance e popularidade para levar conteúdo de qualidade sobre o tema a seus usuários.
O Whatsapp está, por exemplo, trabalhando com a Organização das Nações Unidas (ONU) em um serviço de mensagens automatizadas que dá dicas práticas de como cada um pode ajudar a limitar o aquecimento do planeta.
“Queremos capacitar as pessoas a tornar a ação climática integrante de sua vida diária e a ser parte da solução”, disse Melissa Fleming, subsecretária-geral de Comunicações Globais da ONU. “A colaboração com o WhatsApp nos permite alcançar as pessoas diretamente e inspirá-las a serem agentes de mudança.”
No conteúdo das mensagens, há um guia de ação com dez atitudes que contribuem para enfrentar a crise climática. Os usuários podem selecionar uma ação, saber mais sobre ela, compartilhá-la com os amigos e registrar sua contribuição.
A parceria faz parte da campanha ActNow, da ONU, para estimular a ação individual sobre mudanças climáticas e sustentabilidade. Até agora, mais de 7,7 milhões de ações individuais foram registradas.
Segundo a entidade, cerca de dois terços das emissões de gases de efeito estufa estão relacionadas às residências e ao estilo de vida das pessoas. “Desde a eletricidade que usamos, aos alimentos que comemos e à forma como viajamos, podemos fazer a diferença”, ressalta a ONU no site da campanha.
Por enquanto, o serviço de mensagens está disponível apenas em inglês, mas nos próximos meses outros idiomas serão lançados. Para usar, basta clicar neste link.
O Google também desenvolveu uma parceria com a ONU este ano para levar conteúdo confiável sobre clima aos seus usuários.
Desde junho, quando alguém pesquisa no buscador por “mudanças climáticas”, encontra como primeiro resultado, e com destaque, informações oficiais das Nações Unidas em 12 idiomas, inclusive português.
“A desinformação é tão difundida nos dias de hoje que ameaça o progresso e a compreensão em muitas questões centrais, incluindo o clima. A necessidade de informações precisas e baseadas na ciência sobre um assunto como as mudanças climáticas estarem no topo das pesquisas, portanto, nunca foi tão grande”, declarou Fleming.
O Facebook também anunciou no último ano uma série de medidas para aumentar a conscientização sobre os impactos das mudanças climáticas e combater a desinformação em suas plataformas.
Uma delas é a expansão do seu Centro de Informações da Ciência do Clima para mais de 150 países. O hub, que conecta os usuários com informações climáticas confiáveis, reúne diversos conteúdos, como quizzes, artigos explicativos, respostas a fake news e mitos, notícias de órgãos competentes, gráficos, estatísticas e dicas de como colaborar.
A rede social também está investindo US$ 1 milhão em um programa de subsídios, em parceria com a International Fact-Checking Network (IFCN), para dar apoio a organizações que trabalham no combate à desinformação climática.
Graças à sua abrangência mundial, o Facebook está contribuindo ainda para coletar dados sobre as questões climáticas. Em parceria com a Universidade de Yale, a rede social realizou recentemente uma ampla pesquisa global sobre opiniões do público em relação às mudanças climáticas.
Uma amostra de quase 110.000 usuários da plataforma, de 192 países e territórios, foi questionada sobre seu conhecimento, atitudes e comportamento em relação ao tema mudança climática e o que deveria ser feito para lidar com esse desafio.
As descobertas podem ajudar pesquisadores, jornalistas, ONGs e tomadores de decisões. “Espera-se que possam ser usadas para informar decisões políticas e prioridades para os governos, especialmente em muitos países onde pesquisas desse tipo não foram realizadas antes”, declarou o Facebook na divulgação dos resultados.