Claudia Woods, CEO da WeWork na América Latina: parceria com startup B2Mamy irá apoiar mulheres mães em novo "futuro do trabalho" (WeWork/Divulgação)
Repórter de Negócios e PME
Publicado em 12 de maio de 2023 às 08h59.
A WeWork, empresa de escritórios compartilhados, está se unindo à startup B2Mamy para uma ação de apoio ao empreendedorismo feminino e empregabilidade materna. Em ação comemorativa ao Dias das Mães, uma parceria entre as duas empresas irá oferecer gratuidade na locação de coworkings e espaços de trabalho a todas as mães que fazem parte da B2Mamy, rede de apoio ao empreendedorismo feminino.
Além da ação promocional, que deve durar até dezembro deste ano, a WeWork também está criando espaços “kids” em seus escritórios e está se comprometendo a aumentar as mais de 20 salas de aleitamento materno existentes nos escritórios da rede. Atualmente, a empresa tem mais de 32 unidades pelo país, além dos mais de 400 coworkings conectados à WeWork por meio de um marketplace.
Antes de firmar a parceria e estabelecer novas frentes de atuação no tema da maternidade, a WeWork conduziu uma pesquisa com as mulheres com filhos (mães e madrastas) de sua base de membros. O propósito era compreender o papel assumem os escritórios em um novo contexto de trabalho híbrido, especialmente entre mulheres mães e cuidadoras.
Os dados indicam que para 91% das mulheres, mães e madrastas, o modelo híbrido é “muito importante”, e permite acompanhar o desenvolvimento dos filhos, equilibrar a rotina pessoal com a das crianças e cuidar delas quando estão doentes. Entre os principais benefícios apontados pelas respondentes estão:
A pesquisa — e consequentemente, a parceria com a startup feminina — vieram de uma provocação do mercado para que a WeWork compreendesse o papel dos escritórios em uma nova realidade de trabalho híbrido e flexível, segundo Claudia Woods, CEO da companhia na América Latina. “O novo normal até existe, mas não existe ainda um padrão, pois as empresas ainda não chegaram a isso. Contudo, a WeWork já consegue afirmar que o papel do escritório, hoje, é totalmente diferente do que era no passado”, diz.
As novas configurações em favor da flexibilidade e da livre escolha entre o trabalho remoto ou presencial mudaram, inclusive, os negócios da WeWork, desafiando a empresa a testar novos produtos que estivessem de acordo com essa realidade.
Na WeWork, essa jornada se traduziu em diferentes etapas. A primeira delas veio com a criação de um produto específico para empresas interessadas em alugar escritórios para encontros pontuais — até então, a companhia oferecia apenas a opção de escritório individual personalizado e fixo em seus prédios próprios. Depois, veio o lançamento de um produto por assinatura, dedicado a permitir o acesso a múltiplas unidades da WeWork.
Já durante o arrefecimento da pandemia e com o desejo crescente de empresas em lançar mão de estratégias para reter funcionários com benefícios flexíveis e modelos de trabalho amigáveis, a empresa apostou no lançamento de um marketplace, cuja função é permitir que donos de coworkings e espaços coletivos de trabalho em todo o Brasil, especialmente de regiões não atendidas por escritórios próprios do WeWork, possam se “plugar” à rede.
“É algo que vem após a avaliação de que empresas que queriam ser flexíveis ofereciam o benefício do “anywhere office” aos seus funcionários, permitindo que trabalhassem de qualquer WeWork. Mas não tínhamos WeWork em todo o Brasil, e isso era uma questão”, diz Woods.
Por trás de todos esses lançamentos e o desejo por atender às necessidades de uma nova dinâmica de trabalho estava também uma inquietação em relação à satisfação de profissionais que também são mães, avalia Woods. “Em pesquisas genéricas percebemos alguns recortes que mostravam que a questão da flexibilidade importava mais para mulheres e mães, e então decidimos nos aprofundar no tema”, diz. “Virou uma pauta sobre pessoas”, diz a executiva, que também é mãe e madrasta.
Na WeWork, 57% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres. No quadro geral, elas já são 54% do todo.
A partir da escuta ativa com o público formado por mães, madrastas e cuidadoras de crianças e jovens, a empresa concluiu que era hora de agir. “Percebemos que o futuro da WeWork era de ser um parceiro das empresas e que devíamos inspirá-las a enxergarem a criação de ambientes seguros para as mães como um benefício oferecido em troca de maior engajamento e motivação para o retorno para os escritórios”, conta.
O propósito da parceria da WeWork com a B2Mamy é contribuir positivamente na saúde mental de mulheres com filhos ao oferecer espaços de trabalho flexíveis que fomentem o empreendedorismo, o acolhimento materno e colaborar para criar comunidades mais inclusivas, diversas e plurais.
Além da gratuidade na taxa de reserva de espaços de trabalho da WeWork e seu marketplace, a parceria com a B2Mamy também implica na criação de espaços compartilhados “family friendly”, como salas infantis e de amamentação e aleitamento.
Ao oferecer espaços que aceitem a presença de crianças, a WeWork pretende apoiar mães que, muitas vezes, têm de lidar com imprevistos na ida aos escritórios. “Queremos ajudar essas companhias na criação de um ambiente de trabalho em que as mulheres possam se sentir seguras como mães. Ainda que não utilizem o espaço kids, o fato deles existirem é uma segurança em caso momentos de imprevistos, que acontecem, e acabam pegando mães de surpresa”, diz.
Além de criar uma rede que conecta mulheres mães e empreendedoras, a B2Mamy também conta com a Casa B2Mamy, coworking familiar que agrega um espaço kids com monitoria, espaço de eventos, sala de reunião, loja colaborativa de artigos infantis e café. Com a parceria, a Casa B2Mamy também passa a fazer parte do marketplace de coworkings da WeWork.
“Em 2019, abrimos a Casa B2Mamy, um espaço seguro onde as crianças são bem-vindas. Esse movimento possibilitou que milhares de mulheres conseguissem empreender ou se formar em outras profissões, e assim gerar renda. Com essa validação, convidamos a WeWork a entender a causa e a escalar nosso abraço unindo as nossas comunidades. Quem facilita a jornada para as mulheres experimenta uma revolução”, afirma Dani Junco, CEO da B2Mamy, que é também mãe do Lucas, de oito anos.
“Nossa aproximação com a B2Mamy é uma provocação para empresas e para transformar os espaços de trabalho de maneira definitiva, e pode ser apenas o ponto de partida para uma parceria com muitas outras frentes”, conclui Claudia.