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Walmart reduz gastos antes de retomar expansão no país

Embora não divulgue metas, rede de varejo diz que traçou um projeto para aumentar a quantidade de pontos de venda, que hoje são 550, nos próximos sete anos


	Loja do Walmart: a rede de varejo ainda espera que a Copa do Mundo sirva de impulso para os negócios este ano
 (Germano Lüders/EXAME)

Loja do Walmart: a rede de varejo ainda espera que a Copa do Mundo sirva de impulso para os negócios este ano (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2014 às 16h33.

São Paulo - O Walmart Brasil tem um plano para expansão em número de lojas depois do fechamento de 25 unidades no país no ano passado.

Embora não divulgue suas metas, a rede de varejo diz que traçou um projeto para aumentar a quantidade de pontos de venda, que hoje são 550, nos próximos sete anos. Enquanto isso, a companhia espera reduzir custos e ganhar mercado repassando as economias aos preços.

O vice-presidente comercial Alain Benvenuti afirmou que o Walmart mantém planos agressivos depois do ajuste que culminou com o encerramento das atividades em lojas com desempenho ruim.

Segundo ele, os fechamentos não devem voltar a ocorrer. Ainda que analistas avaliem que o modelo de loja de hipermercado esteja perdendo preferência do consumidor, Benvenuti diz que o Walmart continua acreditando neste formato e que a expansão contempla novos hipermercados, mas também supermercados e unidades do modelo loja de vizinhança da bandeira TodoDia.

"Daqui para a frente vamos acelerar a abertura de novas lojas e crescer nas lojas que já temos", disse Benvenuti.

A companhia prevê repassar reduções de custos aos preços. Em 2014, diminuiu o orçamento de marketing em 30%. Mesmo assim, o vice-presidente da área, Claudio Tonello, afirma que a exposição das marcas da companhia na mídia até cresceu.

De acordo com ele, a empresa renegociou preços com fornecedores como agências de publicidade e veículos de imprensa para baratear campanhas, mas aumentou inserções na TV e aumentou o merchandising. Ao mesmo tempo, foi reduzida a diversidade de tabloides impressos distribuídos nas lojas.

"Verificamos com fornecedores que nossos custos não eram tão competitivos", comentou Tonello. Benvenuti reforçou que o marketing da companhia era considerado caro e que o modelo de preços adotado exige custos mais baixos. "Tudo o que pudermos reduzir, vamos repassar ao consumidor e ganhar mercado", comentou.

Copa do Mundo

A rede de varejo ainda espera que a Copa do Mundo sirva de impulso para os negócios este ano. A companhia divulgou que acredita em crescimento de 135% nas vendas de televisores apenas entre maio e junho ante 2013. As vendas totais da rede de lojas nos mesmos meses devem crescer 20% ante o ano passado, segundo a companhia. Os dados consideram vendas em volume.

De acordo com Benvenuti, a Copa do Mundo deve contribuir para aumento do tráfego de clientes nas lojas e também do tíquete médio. A expectativa da companhia é de que, em razão do evento esportivo, haja maior venda de itens de maior valor agregado no primeiro semestre.

Por conta deste efeito, justificado sobretudo pelo crescimento nas vendas de TVs, a receita do primeiro semestre deve crescer mais e ter mais representatividade no total do ano.

Se num ano normal o primeiro semestre responde por 45% das vendas, neste ano pode haver um equilíbrio entre a primeira e a segunda metade do ano, cada uma respondendo por 50% das vendas.

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