Negócios

Walmart gasta US$ 439 milhões com investigação de fraudes

Empresa gastou 282 milhões de dólares, no ano fiscal de 2013, e de outros 157 milhões de dólares no ano fiscal de 2014


	Walmart: empresa investiga pagamento de propina para construção de lojas em vários países, incluindo o Brasil
 (Getty Images)

Walmart: empresa investiga pagamento de propina para construção de lojas em vários países, incluindo o Brasil (Getty Images)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 27 de março de 2014 às 10h40.

São Paulo – Nos últimos dois anos, o Walmart gastou 439 milhões de dólares com as investigações de suspeitas de pagamentos de subornos no exterior só aumenta – inclusive no Brasil. O número foi divulgado no último balanço da companhia.

De acordo com o documento, a empresa gastou 282 milhões de dólares, no ano fiscal de 2013, e de outros 157 milhões de dólares no ano fiscal de 2014, com a investigação de possíveis fraudes. Anteriormente, a empresa havia estimado um valor ainda maior com gastos para este ano, de até 240 milhões de dólares.

Os custos da rede de varejo com investigação devem ser ainda maiores, já que as investigações seguem dentro da empresa.

O caso

As suspeitas de corrupção tiveram início de 2001, com a suspeita de pagamento de propina para construção de lojas no México. A investigação interna se tornou pública depois de uma matéria sobre o assunto divulgada pelo NYT, em abril.

De acordo com a matéria, em setembro de 2005 um advogado sênior da rede recebeu uma denúncia feitapor um ex-executivo da empresa no México feita por e-mail. Nele, o ex-executivo, descrevia como a rede promovia uma corrupção generalizada a fim de facilitar a rápida expansão da rede no país. Nomes, datas e os montantes de suborno foram alguns dos detalhes dados no e-mail.

O Walmart abriu, então, uma investigação interna e enviou responsáveis por apurar se realmente algo de errado acontecia nos negócios da rede no México. Com o tempo, irregularidades semelhantes passaram a ser apontadas e investigadas em outros países, como o Brasil.

Por enquanto, a companhia não divulgou avanços sobre as suspeitas de corrupção.

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