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Walmart e Google se unem contra Amazon

A partir do fim de setembro, grupo varejista vai oferecer milhares de itens que poderão ser comprados por voz, por meio do Google Asistant

WalMart voltou a deixar os analistas preocupados por seu atraso a respeito da Amazon após seus últimos resultados trimestrais (Patrick T. Fallon/Bloomberg/Bloomberg)

WalMart voltou a deixar os analistas preocupados por seu atraso a respeito da Amazon após seus últimos resultados trimestrais (Patrick T. Fallon/Bloomberg/Bloomberg)

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AFP

Publicado em 23 de agosto de 2017 às 09h00.

O grupo Walmart, maior rede varejista do mundo, anunciou uma associação a partir de setembro com a gigante da internet Google para a venda de seus produtos on-line, uma aliança para competir diretamente com outra gigante, a Amazon.

"A partir do fim de setembro, trabalharemos com Google para oferecer centenas de milhares de itens que poderão ser comprados por voz, por meio do Google Asistant", afirmou Marc Lore, diretor de comércio on-line do Walmart, em um comunicado publicado no blog da empresa.

Walmart, que promete "a maior oferta de distribuição disponível na plataforma" integrará o Google Express, que já permite a compra de produtos de diversas empresas (Costco, as farmácias Walgreen's, entre outras).​

O Google, que tem como matriz o grupo Alphabet, anunciou "centenas de milhares de produtos (...), de detergentes a Legos", em um comunicado assinado por um de seus diretores, Sridhar Ramaswamy.

Tanto para Google como para Walmart esta união oferece grandes vantagens.

Ao primeiro dá credibilidade a sua plataforma ao adotar as conhecidas referências do Walmart, enquanto que para o grupo de distribuição a aliança facilita consideravelmente o ato da compra on-line por meio do pedido vocal.

"No que diz respeito ao 'shopping' vocal, queremos que seja o mais fácil possível", afirma Lore.

Sem afirmar de maneira explícita, os dois grupos estão se unindo para enfrentar a Amazon.

Há vários anos, o WalMart precisa enfrentar o avanço do comércio on-line. A Amazon já começou a competir com o grupo inclusive nas lojas físicas, após a compra em junho da rede Whole Foods.

O Google também tenta avançar no comércio on-line, com a integração, por exemplo, de novas funcionalidades ao assistente pessoal inteligente Google Home. Mas todos os esforços ainda deixam o grupo longe da Amazon.

Em seus últimos resultados trimestrais, o WalMart voltou a deixar os analistas preocupados por seu atraso a respeito da Amazon, apesar dos números superiores ao esperado e de um aumento de 60% das vendas on-line.

De acordo com a empresa Internet Retailer, que usa como base os números do Departamento do Comércio, a Amazon mantém um amplo domínio nas vendas on-line nos Estados Unidos, com uma participação de mercado de 38%.

De acordo com as estimativas, o grupo contribui sozinho por metade do crescimento do comércio pela internet nos Estados Unidos.

No que diz respeito à distribuição no território americano em seu conjunto, a Amazon continua atrás do Walmart, com cotas de mercados de 2,8% e 6,3%, respectivamente, em 2016.

O grupo Walmart, apesar das dificuldades no âmbito do comércio on-line, não poupou esforços no setor com várias aquisições nos últimos anos.

A principal operação neste sentido do Walmart - empresa com sede em Bentonville (Arkansas) - foi a compra no ano passado por três bilhões de dólares da 'discounter' (lojas de descontos) Jet.com, sua maior aquisição desde 2010.

Em outros âmbitos, Walmart estabeleceu alianças com as plataformas de transporte privados Uber e Lyft.

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