Walmart: Diretor financeiro do Walmart diz que fraca economia mundial pressionou compradores globalmente (Reuters)
Da Redação
Publicado em 15 de novembro de 2012 às 15h05.
O Walmart reportou vendas trimestrais abaixo da expectativa de analistas nesta quinta-feira, na medida em que a fraca economia mundial pressionou compradores não só nos Estados Unidos, mas globalmente.
A maior varejista do mundo também disse que abriu inquéritos internos ou investigações sobre alegações de suborno no Brasil, China e Índia --somando-se à sua investigação no México.
As ações do Walmart caíam 3,7 por cento por volta das 14h14, na medida em que as vendas em suas lojas de desconto nos Estados Unidos e na unidade Sam's Club vieram abaixo das expectativas, menores consumidores compraram em suas lojas na China e a fraca economia prejudicou os resultados no Japão.
"Quer você esteja no Reino Unido, na Argentina, no México, na China, nos Estados Unidos ou no Canadá, eu acho que todos os consumidores estão começando a ficar sob o mesmo tipo de pressão", disse o diretor financeiro Charles Holley, em teleconferência com jornalistas.
Ainda assim, a companhia disse que as vendas até o momento neste mês foram melhores que o esperado nos Estados Unidos, na medida em que a estratégia de preços baixos tem atraído consumidores preocupados sobre seus empregos e custos de gasolina, energia e alimentos.
As vendas totais avançaram 3,4 por cento no trimestre encerrado em 31 de outubro, para 113,2 bilhões de dólares. Analistas esperavam, em média, vendas de 114,96 bilhões de dólares, de acordo com o Thomson Reuters I/B/E/S. Excluindo o impacto de flutuações cambiais, as vendas teriam sido de 114,9 bilhões de dólares, disse a companhia.
Ao todo, o Walmart teve líquido de 3,64 bilhões de dólares no terceiro trimestre, ou 1,08 dólar por ação, acima dos 3,34 bilhões de dólares, ou 0,97 dólar por ação, de um ano antes. Em média, analistas esperavam lucro líquido de 1,07 dólar por ação.
As vendas internacionais subiram 2,4 por cento, para 33,16 bilhões de dólares, e teriam avançado 7,6 por cento sem as flutuações cambiais, disse a companhia. O lucro operacional cresceu 4,8 por cento.
As operações internacionais do Walmart seguem sob escrutínio, seguindo a publicação de um artigo pelo New York Times em Abril sobre suposto caso de propina na unidade da varejista no México.
A companhia informou que gastou dezenas de milhões de dólares para tratar do assunto, mais do que planejava inicialmente.
A empresa disse nesta quinta-feira que está olhando também alegações de supostas violações do Ato de Práticas de Corrupção Estrangeira (FCPA) em diversos países, incluindo Brasil, China e Índia. Holley declinou dar mais detalhes sobre as investigações.