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Walmart pode ser condenado por discriminar 1,5 milhão de funcionárias

A maior rede de supermercados dos Estados Unidos enfrenta processo por pagar salários menores às mulheres

Ação pode custar mais de um bilhão de dólares à empresa (Frederic Jean/Veja)

Ação pode custar mais de um bilhão de dólares à empresa (Frederic Jean/Veja)

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Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2010 às 18h02.

São Paulo - A Suprema Corte Americana decidiu, hoje (06/12), que vai avaliar a possibilidade de transformar a ação judicial movida por ex-funcionárias contra a rede de supermercados Walmart, por discriminação de gênero, em uma demanda de todos os trabalhadores da empresa. Se aprovado, este será o maior processo coletivo da história do país, com 1,5 milhão de empregados e ex-empregados da companhia.

Em 2001, o Walmart foi acionado judicialmente por seis funcionárias que alegaram receber salários mais baixos que o dos homens na mesma função, mesmo tendo maior escolaridade e tempo de empresa, além de ter menor oportunidade de crescimento que eles. No ano de 2007, ainda em primeira instância, um juiz federal autorizou as autoras da ação a representar todos os empregados do Walmart contratados desde 1998. Em abril a decisão foi confirmada em segunda instância por um tribunal de São Francisco, na Califórnia. A companhia apelou mais uma vez e, agora, a decisão cabe à Suprema Corte.

As ex-funcionárias que moveram a ação reivindicam o pagamento dos salários atrasados, indenização e a mudança na política salarial adotada pelo Walmart. Os custos da companhia com o processo podem ultrapassar a marca de um bilhão de dólares. Em sua defesa, o Walmart afirma que sua política interna é contrária a qualquer tipo de discriminação de gênero e que as ações movidas pelas funcionárias não podem ser encaradas como uma representação da classe feminina, uma vez que cada caso tem suas particularidades. A decisão da Justiça de transformar o processo em uma ação coletiva, ou não, deve sair até julho de 2011.

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