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VW não consegue impedir exame de arquivos sobre escândalo de poluentes

Isso significa que informações podem ser tornadas públicas, fornecendo mais munição para acionistas e proprietários de veículos que buscam indenização

Volkswagen: montadora ainda está lidando com implicações do escândalo do 'dieselgate' quase três anos após sua revelação (Bobby Yip/Reuters)

Volkswagen: montadora ainda está lidando com implicações do escândalo do 'dieselgate' quase três anos após sua revelação (Bobby Yip/Reuters)

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Reuters

Publicado em 6 de julho de 2018 às 18h12.

Alemanha - A Volkswagen perdeu um processo judicial para impedir que os promotores examinem documentos não publicados sobre seu escândalo de emissões de poluentes, com a decisão da Suprema Corte alemã nesta sexta-feira de que arquivos apreendidos de um escritório de advocacia dos Estados Unidos sejam revisados.

Isso significa que as informações dos arquivos podem ser tornadas públicas como parte de qualquer processo criminal, fornecendo assim mais munição para acionistas e proprietários de automóveis que buscam indenização.

Pouco depois de o escândalo do 'dieselgate' estourar em setembro de 2015, a VW contratou o escritório de advocacia Jones Day e a empresa de consultoria Deloitte para investigar a questão e analisar quem era o responsável.

A VW nunca publicou os resultados da investigação, embora um resumo tenha sido compilado na forma de um relatório para o Departamento de Justiça dos EUA.

Os procuradores realizaram uma busca e apreensão nos escritórios de Munique do Jones Day em março de 2017 em conexão com uma investigação de fraude relacionada aos motores a diesel de 3 litros fabricados pela marca premium da VW, a Audi.

A VW lutou contra o uso de quaisquer arquivos obtidos na operação, e o tribunal emitiu em julho passado uma ordem temporária impedindo que os promotores de Munique avaliassem o material.

A decisão judicial contrária à VW desta sexta-feira é um golpe adicional para a montadora, que ainda está lidando com as implicações do escândalo do 'dieselgate' quase três anos após sua revelação.

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