Negócios

Vulcabras demite 800 trabalhadores em Parobé, no RS

A empresa atribuiu a medida à perda de competitividade das exportações brasileiras e à concorrência

Calçados da Olympikus e Azaléia: 800 vagas cortadas de um total de 44 mil de trabalhadores fabris (Eneida Serrano//Exame)

Calçados da Olympikus e Azaléia: 800 vagas cortadas de um total de 44 mil de trabalhadores fabris (Eneida Serrano//Exame)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2011 às 20h01.

Porto Alegre - O grupo Vulcabras/Azaleia confirmou hoje o fechamento de sua unidade de produção de calçados de Parobé (RS) e a demissão dos 800 empregados da fábrica. A empresa atribuiu a medida à perda de competitividade das exportações brasileiras e à concorrência, no mercado nacional, dos calçados produzidos no exterior, facilitadas pelo câmbio.

"Na atual conjuntura econômica brasileira, os setores intensivos em mão de obra têm sido obrigados a realizar ajustes em função de vários fatores adversos que já foram extensivamente diagnosticados, mas que seguem intocados pela política econômica e, incompreensivelmente, com perspectivas cada vez mais claras de consolidação", diz um trecho do texto.

"Temos feito progressos no ajuste a esta conjuntura, mas a crescente participação de calçados importados no mercado interno e a perda de competitividade nas exportações não favorecem uma expansão expressiva dos nossos volumes de venda", prossegue a nota. "Assim, os ajustes de produtividade que preferencialmente - para nós e nossos colaboradores - poderiam ser feitos com 'maior produção com os mesmos meios' têm que ser feitos na base de 'mesma produção com menores meios', impondo-nos a dura tarefa de acelerar as reduções de custos para a velocidade determinada pelo avanço das variáveis externas à companhia".

A empresa também considera que apesar de "relativo, pequeno", por cortar 800 vagas de um total de 44 mil que o grupo têm em suas fábricas e reduzir a produção de 250 mil para 242 mil pares de calçados por dia, o ajuste se tornou uma "medida penosa, porém necessária".

O grupo vai manter em Parobé as diretorias de Marketing e Desenvolvimento de Produtos, de Tecnologia e de Planejamento, bem como as áreas de Suprimentos, Logística e Recursos Humanos, com cerca de 1,5 mil profissionais. A cidade da encosta da serra do nordeste do Rio Grande do Sul foi o berço da Azaleia, fabricante de calçados femininos e esportivos criada em 1958 e vendida para a Vulcabras em 2007.

Acompanhe tudo sobre:CalçadosCompetiçãoConcorrênciaEmpresasFaturamentoPrejuízoRoupasVulcabras Azaleia

Mais de Negócios

Imigrante polonês vai de 'quebrado' a bilionário nos EUA em 23 anos

As 15 cidades com mais bilionários no mundo — e uma delas é brasileira

A força do afroempreendedorismo

Mitsubishi Cup celebra 25 anos fazendo do rally um estilo de vida