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Votorantim tem prejuízo de R$ 546 milhões no 1º trimestre

Companhia que atua em setores como metais, cimentos e suco de laranja, teve receita líquida de 5,8 bilhões de reais, queda anual de 6 por cento

Votorantim: área de cimentos, a mais importante da companhia, teve queda de 14 por cento na receita líquida, para 2,4 bilhões de reais (Leonardo Rodrigues/Votorantim Cimentos/Divulgação)

Votorantim: área de cimentos, a mais importante da companhia, teve queda de 14 por cento na receita líquida, para 2,4 bilhões de reais (Leonardo Rodrigues/Votorantim Cimentos/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 25 de maio de 2017 às 09h30.

Última atualização em 25 de maio de 2017 às 11h18.

São Paulo - A Votorantim teve prejuízo líquido de 546 milhões de reais no primeiro trimestre, revertendo resultado positivo de 144 milhões de reais um ano antes, informou nesta quinta-feira o grupo industrial, em meio a queda de receitas na esteira da retração da economia brasileira.

A companhia que atua em setores como metais, cimentos e suco de laranja, teve receita líquida de 5,8 bilhões de reais, queda anual de 6 por cento.

"Os resultados foram impactados, principalmente, pelos menores preços e volume de vendas do setor de cimentos no Brasil, pela apreciação do real frente ao dólar que impactou na consolidação dos resultados das operações no exterior e pela suspensão temporária das operações de níquel", disse a empresa, em nota.

A área de cimentos, a mais importante da companhia, teve queda de 14 por cento na receita líquida, para 2,4 bilhões de reais.

De acordo com a Votorantim, a queda na receita líquida da companhia foi atenuada pelo aumento no preço dos metais na London Metal Exchange (LME) e pelo maior volume de vendas de alumínio primário no Brasil, que tiveram aumento de 28 por cento em relação ao primeiro trimestre de 2016.

A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado caiu 28 por cento na mesma base de comparação, para 625 milhões de reais nos três meses terminados em março.

A última linha do balanço ainda foi afetada negativamente por devoluções parciais de energia elétrica, despesas associadas à operação de aços longos no Brasil no valor de 130 milhões de reais e venda de ativos de cimento não estratégicos no primeiro trimestre de 2016.

A Votorantim encerrou o primeiro trimestre com dívida bruta de 24,2 bilhões de reais, em linha com o resultado de dezembro de 2016. A alavancagem medida pela relação dívida líquida sobre Ebitda ajustado em 12 meses atingiu 3,92 vezes ao fim de março, aumento de 0,49 vez em relação a dezembro.

A companhia tinha uma posição de caixa de 9,1 bilhões de reais ao término do primeiro trimestre, montante suficiente para cobrir os vencimentos das dívidas de quase 5 anos, de acordo com material de divulgação do balanço.

De janeiro a março, a Votorantim investiu 570 milhões de reais, 12 por cento a menos do que no primeiro trimestre de 2016. Os aportes em expansão representaram 47 por cento do total previsto para investimento (capex).

"Este ano encerraremos um importante ciclo de investimentos que somaram 14 bilhões de reais nos últimos cinco anos, em projetos de expansão e manutenção dos negócios do nosso portfólio. Alguns desses investimentos já começarão a gerar resultados, que serão notados mais claramente ao longo dos próximos anos", disse o presidente-executivo da Votorantim, João Miranda, em nota.

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