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Volvo transfere fábrica de carros elétricos da China para a Bélgica

UE iniciou investigação sobre possíveis subsídios dados por Pequim a carros fabricados no país

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 10 de junho de 2024 às 08h34.

A Volvo começou a transferir a produção de veículos elétricos fabricados na China para a Bélgica, antecipando possíveis os movimentos da União Europeia de taxar importações subsidiadas por Pequim.

A Comissão Europeia, que supervisiona a política comercial dos 27 países da União Europeia, lançou uma investigação no ano passado para saber se os carros elétricos fabricados na China recebiam subsídios que distorciam o mercado. A investigação anti-subsídios da UE, lançada oficialmente em 4 de outubro, pode durar até 13 meses.

A Volvo, de propriedade majoritária da chinesa Geely, considerava interromper as vendas de veículos elétricos fabricados na China com destino à Europa se as tarifas fossem introduzidas, disse o jornal The Times.

No entanto, a transferência da produção dos modelos EX30 e EX90 para a Bélgica significa que a empresa não teria de interromper as vendas e já não estava a considerando tomar tal atitude. A fabricação de certos modelos com destino ao Reino Unido também poderia ser transferida para a Bélgica, informou o jornal.

“É prematuro especular sobre as implicações do que esta investigação irá concluir, ou quaisquer medidas potenciais”, disse um porta-voz da Volvo à Reuters, referindo-se à investigação da UE.

A decisão de construir o EX30 na Bélgica, com a produção prevista para iniciar os trabalhos em 2025, faz parte de um plano para montar carros onde possam ser vendidos na maior quantidade possível.

As relações entre a China e a UE têm sido tensas por fatores que incluem os laços mais estreitos de Pequim com Moscou após a invasão da Ucrânia pela Rússia. A UE procura reduzir a sua dependência da segunda maior economia do mundo, especialmente com relação aos materiais e produtos necessários à sua transição energética.

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