São Paulo – O anúncio feito pelo Banco Central (BC), que quase dobrou as taxas de juros para financiamento de veículos, fez a Volkswagen rever sua projeção de crescimento para 2011. A montadora alemã, que previa uma alta entre 5% e 6%, estima agora um crescimento entre 4% e 5%. Mesmo assim, o presidente da empresa, Thomas Schmall, manteve os planos para os próximos anos.

A Volkswagen planeja 23 lançamentos para 2011, entre modelos inéditos e novas versões – são dez a mais do que o registrado neste ano. Segundo o presidente, o impacto do novo pacote anunciado pelo BC deve surtir impacto na montadora a partir do início do próximo ano. O aumento dos encargos devem provocar queda de até 20% na venda de veículos zero quilômetros.

Apesar das dificuldades na compra de veículos impostas pelo BC, a Volkswagen inaugurou nesta segunda-feira (6/12) a operação das novas instalações de pintura da unidade de São Bernardo do Campo (SP). Dessa forma, a capacidade total de produção da Volkswagen do Brasil chegará a 3.500 veículos por dia. Até outubro a montadora vendeu 578.946 unidades de veículos leves. Schmall espera encerrar o ano com 750.000 unidades vendidas. Em 2009, foram 695.395. “A partir de 2014, pretendemos vender um volume anual de 1 milhão de carros no país, em um mercado total que deverá chegar a 4 milhões de unidades”, afirma ele.

A obra faz parte do plano de investimentos da empresa no período de 2010 a 2014, que prevê aportes de 6,2 bilhões de reais no país para o aumento da capacidade de produção e a ampliação da linha de veículos da marca. O Brasil responde atualmente por 17% das vendas globais da montadora.

A Volkswagen contratou também 1.300 novos funcionários neste ano. Do total, 600 foram para a fábrica da Anchieta -- metade para as novas instalações da área da pintura. A empresa conta hoje com 23.000 colaboradores.