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Volkswagen pode se tornar nova Nokia sem reformas urgentes, diz presidente

A empresa pretende reformular seu portfólio de marcas, cortar custos e investir em novas tecnologias para elevar seu valor de mercado a 200 bilhões de euros

Volkswagen: a marca está mudando da posição de fabricante de veículos tradicionais para a produção de veículos autônomos e conectados (Fabian Bimmer/Reuters)

Volkswagen: a marca está mudando da posição de fabricante de veículos tradicionais para a produção de veículos autônomos e conectados (Fabian Bimmer/Reuters)

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Reuters

Publicado em 16 de janeiro de 2020 às 16h23.

O presidente-executivo da Volkswagen, Herbert Diess, afirmou que a montadora alemã de veículos precisa acelerar sua transformação para evitar se tornar uma nova Nokia, que perdeu domínio do mercado de celulares para a Apple em relativo pouco espaço de tempo.

A Volkswagen quer elevar seu valor de mercado para 200 bilhões de euros ante 91 bilhões atuais, por meio de reformulação de seu portfólio de marcas, cortes de custos e expansão para novas tecnologias como software.

As montadoras estão acelerando os gastos com pesquisa e desenvolvimento para acompanhar empresas da tecnologia que estão competindo em áreas como desenvolvimento de veículos autônomos em um momento em que reguladores restringem emissões de carbono, forçando as fabricantes a desenvolverem veículos elétricos.

"A grande questão é: Seremos rápido o bastante?", disse Diess durante reunião com gestores do grupo nesta quinta-feira. "Se continuarmos na atual velocidade que estamos, será muito difícil."

A Volkswagen está mudando da posição de fabricante de veículos tradicionais para a produção de veículos autônomos e conectados, estratégia que exige cortes de custos e ganhos de eficiência, disse o executivo.

"A era das montadoras tradicionais acabou", acrescentou Diess.

A Volkswagen vai cortar recursos de áreas voltadas a célula de combustível, uma vez que considera que esta tecnologia não será competitiva em relação às baterias por pelo menos mais uma década. A companhia também vai reduzir custos na unidade de serviços de mobilidade, MOIA.

O grupo também precisa focar mais em lucro e menos em volumes de vendas, disse o executivo.

"Considere a Bentley, por exemplo, 10.000 unidades vendidas", disse Diess. "Seria muito mais impressionante se nós tivéssemos uma margem de lucro maior que zero. Sendo totalmente honesto, seria preferível vender 5 mil carros e ter uma margem de mais de 20%."

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