As estreitas relações comerciais com a China são objeto de debate na Alemanha, devido à tendência do gigante asiático ao autoritarismo, como acusam seus detratores (Volkswagen/Divulgação)
AFP
Publicado em 28 de outubro de 2022 às 12h33.
Última atualização em 28 de outubro de 2022 às 12h44.
O gigante automobilístico alemão Volkswagen anunciou nesta sexta-feira, 28, uma progressão de seu faturamento graças às vendas na China, em meio à polêmica sobre a dependência econômica da Alemanha em relação a Pequim.
O grupo alemão, que também inclui as marcas Audi e Skoda, anunciou um aumento de 26% em suas vendas no terceiro trimestre de 2022 na China.
Graças ao mercado chinês, o volume de negócios da Volkswagen cresceu 24,2% em termos anuais no terceiro trimestre, atingindo € 70,7 bilhões (semelhante em dólares).
As estreitas relações comerciais com a China são objeto de debate na Alemanha, devido à tendência do gigante asiático ao autoritarismo, como acusam seus detratores.
O chefe de governo alemão, Olaf Scholz, autorizou esta semana um investimento chinês no porto de Hamburgo, um dos maiores da Europa, embora com uma participação menor do que o inicialmente previsto devido às críticas.
"A China tem sido um mercado poderoso por décadas", disse o CEO da Volkswagen, Oliver Blume, em uma teleconferência. "Nós focamos nos nossos clientes chineses, mas por outro lado é importante que o nosso negócio tenha uma situação financeira robusta e seja capaz de reagir a uma crise geopolítica", acrescentou.
O dirigente reiterou ainda a intenção de acompanhar o chanceler Scholz na sua visita a Pequim, marcada para a próxima quinta-feira, e que será a primeira de um líder europeu desde 2019.
LEIA TAMBÉM:
Marca venceu o preconceito contra o skate e fatura R$ 60 milhões. Veja as próximas ações da LayBack
A disruptiva campanha que levou três prêmios no YouTube Works Awards