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Volkswagen impulsiona expansão no exterior, aperta na Europa

Montadora alemã sente cada vez mais aperto da demanda em queda nos mercados europeus em dificuldade


	Volkswagen: montadora, que vende cerca de 60% dos veículos do grupo fora da sua região de origem europeia, já está aumentando a sua capacidade na China e no México
 (Divulgação)

Volkswagen: montadora, que vende cerca de 60% dos veículos do grupo fora da sua região de origem europeia, já está aumentando a sua capacidade na China e no México (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2013 às 12h04.

Frankfurt - A Volkswagen está tomando novas medidas para reforçar suas operações no exterior, à medida que a montadora alemã sente cada vez mais aperto da demanda em queda nos mercados europeus em dificuldade.

A montadora, que vende cerca de 60 por cento dos veículos do grupo fora da sua região de origem europeia, já está aumentando a sua capacidade na China e no México.

O chefe de produção do grupo, Michael Macht, disse à Reuters no salão de automóveis de Frankfurt na quarta-feira que a empresa também planeja iniciar a produção nos mercados de rápido crescimento do Sudeste Asiático, fechando uma das poucas lacunas que ainda existem na sua enorme rede global de fábricas abrangendo 102 instalações.

"Vamos certamente ser um participante ativo na região nos próximos anos", disse Macht, que faz parte de uma diretoria de oito membros da empresa, em uma entrevista. "Estamos atualmente muito ativos nesses países".

A maior montadora da Europa pode anunciar ainda este ano um investimento inicial de 200 milhões de euros (265,33 milhões de dólares) de investimento para a construção de uma fábrica de automóveis na Indonésia, disse um ministro do governo da Indonésia no mês passado, citando Cikampek, West Java.

Macht não quis comentar sobre qual país a Volkswagen acabaria por escolher e disse que as decisões sobre marcas e produtos não foram tomadas ainda.

Montadoras de todo o mundo estão confiando em mercados emergentes para o crescimento em meio a uma recessão prolongada na Europa, onde as vendas estão baixas há duas décadas.

O grupo de automóveis multi-marca com base em Wolfsburg, que ainda carece de uma planta de montagem de veículos no grupo de países da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean, na sigla em inglês), tem o objetivo de ultrapassar a Toyota e a General Motors para se tornar a maior montadora do mundo até 2018.


O grupo ASEAN compreende a Indonésia, Malásia, Filipinas, Cingapura, Tailândia, Brunei, Birmânia, Camboja, Laos e Vietnã.

Separadamente, a gigante alemã está considerando o lançamento de veículos comerciais nos Estados Unidos no futuro, como parte de medidas para expandir sua marca no segundo mercado de automóveis do mundo.

Picapes comerciais e vans como as do modelo Caddy "certamente representam uma oportunidade" para os Estados Unidos, disse Jonathan Browning, presidente das operações americanas da Volkswagen, à Reuters, em uma entrevista separada, referindo-se ao sucesso da van Transit Connect da Ford.

"Há discussões preliminares (com os gerentes baseados em Wolfsburg), mas não há planos definitivos no momento", disse Browning.

A Volkswagen está buscando ampliar sua presença nos Estados Unidos, de olho em 800 mil veículos da marca Volkswagen e 200 mil vendas da marca Audi até 2018, quando pretende arrebatar a coroa de vendas global.

Ainda assim, Browning deixou claro que em vez de adicionar às ofertas da VW nos Estados Unidos, a empresa teria agora que concentrar-se na maximização do potencial de aumento de modelos, incluindo o sedã compacto Jetta, o sedã de tamanho médio Passat e o SUV compacto Tiguan.

"O mercado europeu pode levar anos para recuperar totalmente a sua antiga força", disse Stefan Bratzel, diretor do Centro de Gestão Automotiva perto de Colônia. "No exterior os mercados (de carro) serão responsáveis ​​por uma grande parte do crescimento futuro."

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