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Volks tem primeira queda global de vendas em 13 anos

O Brasil teve o pior resultado com retração de 38,1%, para 389,9 mil unidades, considerando todos os segmentos


	Volkswagen: o Brasil teve o pior resultado com retração de 38,1%, para 389,9 mil unidades, considerando todos os segmentos
 (Andrew Harrer/Bloomberg)

Volkswagen: o Brasil teve o pior resultado com retração de 38,1%, para 389,9 mil unidades, considerando todos os segmentos (Andrew Harrer/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2016 às 14h32.

São Paulo - O grupo Volkswagen teve em 2015 a sua primeira queda global nas vendas desde 2002. No ano passado, foram 9,9 milhões de veículos vendidos em todo o mundo, recuo de 2% em relação ao volume de 2014, segundo informações divulgadas no site da montadora.

A empresa destacou os resultados em alguns países e, entre eles, o do Brasil foi o pior, com retração de 38,1%, para 389,9 mil unidades, considerando todos os segmentos.

Também houve recuo de 36,8% na Rússia e de 3,4% na China. Por outro lado, a Volkswagen conseguiu avançar 2,5% na Europa e 1,2% nos EUA.

A Volkswagen já havia dado explicações a seus investidores sobre o fraco desempenho no Brasil.

No balanço global da montadora publicado no fim de outubro, em referência ao terceiro trimestre de 2015, a empresa disse que a baixa "considerável" na demanda por veículos se deve à desaceleração da economia brasileira e às condições mais restritas de financiamento.

Quanto ao resultado global, a primeira queda nas vendas em mais de uma década ocorre no mesmo ano em que a montadora alemã se envolveu em escândalo de falsificação de resultados de emissões de poluentes nos veículos que produz.

A denúncia surgiu em setembro. Inicialmente a empresa negou, mas depois admitiu a fraude em milhões de carros.

Quando considerados apenas os veículos de passeio, a Volks vendeu 5,82 milhões de unidades em todo o mundo em 2015, queda de 4,8% em comparação com o volume de 2014.

De acordo com o presidente global do grupo, Matthias Müller, 2016 não será menos desafiador que 2015.

"Por um lado, como uma empresa global, temos de lidar com a situação nos mercados mundiais onde as tendências permanecem misturadas. E, por outro, é nosso desejo e intenção de fazer sistematicamente o ajuste de grupo para um futuro de sucesso." 

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