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Volks segue exemplo de Peugeot e Boeing e fecha acordo com Irã

A Volkswagen assinou contrato com importadora local para oferecer o SUV compacto Tiguan e o Passat em concessionárias da região de Teerã

Volkswagen: a montadora é líder de mercado na Europa e na China e está tendo dificuldades para reconstruir suas operações nos EUA (Andrew Harrer/Bloomberg)

Volkswagen: a montadora é líder de mercado na Europa e na China e está tendo dificuldades para reconstruir suas operações nos EUA (Andrew Harrer/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2017 às 18h43.

Frankfurt - A Volkswagen planeja voltar a vender carros no Irã após 17 anos de ausência, tirando vantagem do relaxamento das sanções ao país para se expandir em meio à preocupação com a estagnação do crescimento da empresa na Europa e na China.

A Volkswagen assinou contrato com a importadora local Mammut Khodro para oferecer o SUV compacto Tiguan e o carro familiar Passat principalmente em concessionárias da região de Teerã, informou a VW em comunicado.

A expansão nas economias emergentes faz parte da estratégia da VW para reduzir a dependência em relação aos principais mercados da empresa e para somar novas fontes de receita.

“Em seu retorno ao Irã, a marca Volkswagen está preenchendo outro ponto em branco no mapa automotivo global”, disse Anders Sundt Jensen, gerente de projetos da empresa para o Irã, em comunicado.

A Volkswagen é líder de mercado na Europa e na China e está tendo dificuldades para reconstruir suas operações nos EUA após o escândalo de fraude do diesel.

Isso transforma o Irã, com 80 milhões de habitantes, em uma rara oportunidade de crescimento. Empresas como Boeing e Total se apressam para chegar primeiro à república islâmica um ano após o cancelamento das sanções internacionais impostas ao país devido ao seu programa de armas nucleares.

A PSA Group foi a primeira fabricante de automóveis a retornar ao país com um acordo anunciado no ano passado para atualizar sua fábrica da Peugeot nas proximidades de Teerã e para iniciar a construção de modelos da Citroën no país.

Alguns meses depois, a Renault afirmou que estabeleceria uma nova fábrica com capacidade para construir 150.000 automóveis por ano.

O crescimento médio da produção automotiva no Irã será de 11 por cento até 2021, afirmou a BMI Research, que faz parte da Fitch Group, em abril. O retorno das fabricantes de automóveis europeias ao mercado iraniano estimulará o setor, embora as sanções restantes dos EUA afetem o crescimento.

A entrada da fabricante alemã no Irã coincide com a escalada da tensão política na região do Golfo Pérsico envolvendo o terceiro maior acionista da VW, o Catar, que enfrenta um boicote sem precedentes de quatro de seus vizinhos por supostos laços com extremistas muçulmanos. O Irã e a Turquia deram seu apoio ao emirado.

Os carros europeus eram populares no Irã antes da revolução de 1979 e de a guerra de oito anos com o Iraque dizimar a economia e restringir suas relações com as empresas ocidentais. A VW vendeu o fusca no país na década de 1950 e a van Bulli na década de 1960.

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