EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 15 de fevereiro de 2013 às 17h40.
Um dos capítulos mais esperados da consolidação do setor brasileiro de telefonia terminou na noite desta quinta-feira (2/8). A Vivo, maior operadora de celulares do país, acertou a compra da Telemig e da Amazônia Celular por 1,2 bilhão de reais, batendo suas duas maiores rivais na disputa - a Claro, do mexicano Carlos Slim, e a Oi, controlada por fundos de pensão brasileiros. Ao adicionar os 4,8 milhões de assinantes das duas companhias à sua base, a Vivo atinge um total de 35 milhões de clientes, distanciando-se da TIM, a segunda colocada do mercado brasileiro.
O negócio traz outras vantagens para a Vivo. Minas Gerais, estado coberto pela Telemig, era o único do Sudeste em que a companhia ainda não possuía operações próprias. Para que seus clientes usassem a rede da concorrência quando em trânsito pelo estado, a Vivo pagava cerca de 300 milhões de reais por ano aos concorrentes. Já para construir uma rede do zero, os especialistas estimam que a operadora gastaria o dobro.
Os 1,2 bilhão de reais referem-se apenas à fatia da Telpart, atual controladora da Telemig e da Amazônia Celular. Os lotes adquiridos correspondem a 22,72% e 19,34% do capital total das companhias, respectivamente. Além disso, a Vivo pagará mais 87 milhões de reais pelos direitos de subscrição detidos pela Telpart.
O valor total da transação, porém, pode subir para 2,9 bilhões de reais, quando o negócio entrar na segunda fase - a oferta pública de compra das ações em poder de minoritários da Telemig e da Amazônia Celular. De acordo com o fato relevante divulgado pela Vivo, a empresa está disposta a pagar 80% do preço oferecido aos controladores para quem possuir ações ordinárias.
Para os minoritários que detêm ações preferenciais, também será realizada uma oferta pública. A conclusão dessa oferta está sujeita à adesão de, pelo menos, um terço dos preferencialistas. Neste caso, a Vivo dispõe-se a pagar um prêmio de 25% sobre a média ponderada dos últimos 30 pregões até 01 de agosto. O negócios ainda precisa da aprovação da Anatel e do Cade.