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Vivendi estuda IPO da Universal Music para 2018, dizem fontes

A Vivendi está se reunindo com assessorias para analisar as opções para a Universal Music, a maior gravadora do mundo

Universal: nenhuma decisão final foi tomada e a Vivendi ainda pode decidir não realizar a operação (Patrick Fallon/Bloomberg)

Universal: nenhuma decisão final foi tomada e a Vivendi ainda pode decidir não realizar a operação (Patrick Fallon/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2017 às 15h56.

Londres - A gigante de mídia francesa Vivendi estuda abrir o capital da Universal Music Group nos EUA no ano que vem, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.

A Vivendi está se reunindo com assessorias para analisar as opções para a Universal Music, a maior gravadora do mundo, com artistas como Lorde, U2 e Rolling Stones, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque as deliberações são privadas. Nenhuma decisão final foi tomada e a Vivendi ainda pode decidir não realizar a operação, disseram as pessoas.

A avaliação e a estrutura acionária da empresa após um IPO devem ser resolvidas antes de a Vivendi avançar, disseram as pessoas.

A expectativa por uma avaliação elevada da Vivendi pode ser difícil de alcançar devido à incerteza em relação ao desempenho da indústria musical no futuro, disseram. Um representante da Vivendi preferiu não comentar.

O presidente do conselho de administração da empresa, Vincent Bolloré, disse em abril que os bancos que estão tentando vender o IPO da empresa haviam avaliado a divisão de gravação em 20 bilhões de euros (US$ 23,7 bilhões). O valor de mercado da Vivendi é de cerca de 26 bilhões de euros.

A Vivendi poderia vender entre 10 por cento e 20 por cento da Universal Music em um IPO, disse uma pessoa familiarizada com os planos da empresa em junho.

Uma venda de ações dessa magnitude ajudaria a Vivendi a realizar aquisições e fortaleceria o preço de suas ações, permitindo ao mesmo tempo que a empresa controladora conserve a maior parte do fluxo de caixa de sua unidade mais rentável, disse a pessoa.

A Universal Music respondeu por quase metade dos 10,8 bilhões de euros de receita da Vivendi no ano passado e por quase 90 por cento de seu lucro antes de juros, impostos e amortização.

Conglomerado de mídia

As empresas captaram cerca de US$ 124 bilhões com IPOs no ano até agora, mais que o dobro do volume registrado no mesmo período do ano passado, segundo dados compilados pela Bloomberg.

O bilionário Patrick Drahi abriu o capital de sua empresa de cabo americana Altice USA em junho em meio à forte demanda dos investidores. As ações subiram 13 por cento desde o IPO.

A Vivendi planeja propor mais limites à sua influência na emissora italiana Mediaset em um momento em que os órgãos reguladores italianos buscam restringir o controle da companhia sobre as empresas locais, disseram outras pessoas familiarizadas com o assunto.

Bolloré vem ampliando o alcance do conglomerado francês com o objetivo de criar uma gigante de mídia no sul da Europa baseada na Universal Music e na empresa de televisão Canal Plus.

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