Visa: não terá participação acionária nas startups e não informou o valor a ser desembolsado na edição da segunda metade do ano (David Paul Morris/Getty Images)
Reuters
Publicado em 9 de março de 2018 às 14h39.
Última atualização em 9 de março de 2018 às 15h52.
São Paulo - A Visa inicia nesta sexta-feira a edição deste ano do seu programa de aceleração para fintechs, em conjunto com a consultoria Kyvo, representante do centro de inovação norte-americano GSVlabs no Brasil.
O projeto, que faz parte de uma iniciativa global da Visa para desenvolver tecnologia no setor financeiro, foi iniciado em 2017 e terá investimento 3,5 milhões de reais no país ao longo deste ano, disse a consultoria.
O montante não será injetado diretamente nas startups, mas será utilizado em recursos para acelerar as 30 fintechs que serão selecionadas em 2018. A Visa também não terá participação acionária nas startups.
"Ninguém domina a cadeia da inovação e a inovação só será sustentável à medida em que você crie condições de colaboração entre as empresas. E a gente quer fazer parte desse processo de revolução digital", disse o vice-presidente de produtos, soluções e inovação da Visa no Brasil, Percival Jatobá.
Segundo ele, um dos objetivos da Visa com o programa é tornar a empresa reconhecida no universo das fintechs, que estão apresentando crescimento acentuado no Brasil e disputando mercado com bancos tradicionais. "O ecossistema de fintechs passa a reconhecer a Visa como uma empresa atuante também nesse cenário mais emergente das startups."
Jatobá também afirmou que a Visa está trabalhando em novas ferramentas que desenvolveu em parceria com as fintechs que acelerou, sem dar mais detalhes sobre o assunto.
A Dataholics, plataforma que capta dados de pessoas em redes sociais para gerar um fluxo de segurança para transações financeiras, foi uma das empresas aceleradas em 2017 e atualmente trabalha com a Visa.
O executivo ainda destacou que "o Brasil é um dos principais países para a Visa quando se fala em inovação e meios eletrônicos de pagamento".
(*Texto corrigido às 15h51: A empresa Kyvo corrigiu o valor do investimento para R$3,5 mi no ano, não apenas no 1º semestre)