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Visa investe em inovação para não perder espaço para startups

Para não ficar para trás com a a velocidade de inovação de fintechs, a Visa precisou se adaptar e criou novas áreas e centros de inovação

Para não ficar para trás com a a velocidade de inovação de fintechs, a Visa precisou se adaptar e criou novas áreas e centros de inovação (.)

Para não ficar para trás com a a velocidade de inovação de fintechs, a Visa precisou se adaptar e criou novas áreas e centros de inovação (.)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 20 de dezembro de 2016 às 08h00.

Última atualização em 21 de dezembro de 2016 às 16h07.

São Paulo - Para não ser passada para trás pelas novas empresas de tecnologia financeira, a Visa decidiu se juntar a elas.

Em pouco tempo, o mercado financeiro mudou muito. Novas empresas, chamadas de fintechs, começaram a pipocar, surgindo como alternativas aos grandes bancos e altas taxas dos cartões de crédito.

Para manter a velocidade de inovação dessas companhias, a Visa precisou se adaptar completamente. Em São Paulo, a companhia é parceira da Startup Farm, aceleradora que funciona no Google Campus, voltada para startups.

“As fintechs não nos preocupam, mas precisamos trabalhar com elas”, afirmou Renato Rocha, vice-presidente de vendas e diretor de soluções para comércio.

De acordo com ele, startups têm ciclos de inovação mais curtos que grandes companhias. Por outro lado, a Visa tem uma estrutura maior e credibilidade, por estar há tanto tempo no mercado, diz ele.

Uma vez por semana, representantes da companhia vão para a sede da aceleradora do Google, para oferecer a startups suas soluções de pagamento para serem usadas nos novos negócios.

Além disso, a empresa passou a investir internamente em inovação. Em seus cinco centros de inovação pelo mundo, mais do quede massinha, aparelhos de realidade virtual e impressoras 3D, há espaço para trazer clientes e parceiros para discutir quais serão as próximas inovações a serem criadas.

O centro de São Paulo é o mais recente e há centros em San Francisco, Miami, Dubai e Cingapura. No próximo ano, os espaços chegam a Londres e Tel Aviv.

“Não adianta tentar empurrar um novo serviço para o mercado. Precisamos saber o que eles realmente querem”, afirmou Rocha. Segundo ele, a empresa de pagamentos pode ajudar o varejo a entender o perfil de seus clientes e saber em que produtos ou serviços investir.

De olho no comércio

A empresa se remodelou globalmente há 4 anos e criou uma área de soluções para comércio, que trabalha juntamente com os outros setores. Os primeiros resultados dessa mudança estrutural começaram a aparecer.

Um dos novos produtos criados nessa área é o Visa Check Out. Concorrente do PayPal, é um sistema de pagamentos online e que no Brasil já está em 15.000 sites de comércio eletrônico. Entre eles, parceiros importantes como Easy, Cnova, Ingresso.com e Ricardo Eletro.

Um dos principais objetivos é diminuir a desistência de uma compra. Ao invés de precisar preencher diversos campos de informações a cada compra, o que pode levar alguém a desistir do processo, o consumidor precisa cadastrar o seu cartão de crédito apenas uma vez.

Para pedir a conta

Outra inovação foi trazer parte do mundo online para a vida física. A Visa se juntou ao site de reservas em restaurantes Restorando. Ao fazer uma reserva pelo site, o consumidor também pode optar pelo Check Out como forma de pagamento.

Assim, quando terminar a sua refeição, não precisa esperar o garçom chegar com a conta: é só pagar pelo aplicativo e pronto. Também é possível acompanhar sua conta em tempo real.

Hoje, 15 restaurantes já se cadastraram nesse serviço. No trimestre que vem, o plano é chegar a 30 estabelecimentos, tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro.

Cartão de vestir

A Visa também está empenhada em levar o seu cartão para outros meios além do plástico, como smartphones, relógios, pulseiras e até anéis. Enquanto a Visa tem hoje cerca de 2 bilhões de cartões de plástico, até 2020 existirão cerca de 50 bilhões de aparelhos conectados com contas de cartões no mundo todo, segundo dados da Cisco.

A empresa aproveitou as Olimpíadas de 2016 para trazer ao mercado brasileiro sua pulseira para pagamento por proximidade. Basta encostar o acessório em uma máquina de cartão que possua a tecnologia NFC para fazer o pagamento.

Cada vez mais, essas inovações devem ser desenvolvidas por aqui, diz o diretor. Entre os países da América Latina, o Brasil é o mais desenvolvido em termos de meios eletrônicos de pagamento, seja com uso de cartões ou pagamentos pela internet.

“No Brasil, as pessoas aderem muito rapidamente a novas tecnologias”, afirmou Rocha.

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