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Consumo no 2º tri segue "morno", diz Vigor

A afirmação é do presidente da empresa de lácteos Vigor, da holding J&F, controladora também da companhia de alimentos JBS


	Vigor: no primeiro trimestre, as vendas em volume da empresa recuaram 7% na comparação com o mesmo período do ano passado, porém, a receita líquida avançou 11,7%
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Vigor: no primeiro trimestre, as vendas em volume da empresa recuaram 7% na comparação com o mesmo período do ano passado, porém, a receita líquida avançou 11,7% (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2013 às 14h47.

São Paulo - O comportamento do consumo no segundo trimestre do ano segue parecido com o do primeiro: morno. A afirmação é do presidente da empresa de lácteos Vigor, da holding J&F, controladora também da companhia de alimentos JBS.

"O PIB de 0,6% do primeiro trimestre mostrou que o consumo não ajudou em nada no resultado. Ou seja, o consumo ficou morno. O segundo trimestre não está tão diferente do primeiro", declarou a jornalistas, após a cerimônia oficial de inauguração do novo Centro de Distribuição (CD) em Embu das Artes.

No primeiro trimestre, as vendas em volume da empresa recuaram 7% na comparação com o mesmo período do ano passado, porém, a receita líquida avançou 11,7%. "Optamos por fazer a marcação no mercado de itens mais inovadores, como o iogurte Grego e os funcionais, que têm maior valor agregado", explicou.

O executivo, porém, enxerga um segundo semestre de recuperação de vendas. "O segundo semestre promete. Principalmente a partir de agosto. Para nós, o período já é normalmente melhor. E aí vamos ter o efeito de todos os investimentos e medidas macroeconômicas", ressaltou.

Xandó também conta com o potencial de crescimento de consumo de itens lácteos no País para a expansão do faturamento da Vigor nos próximos anos.

Ele citou que o consumo de iogurte no País ainda é muito pequeno: cerca de cinco quilos por habitante/ano ante 16 quilos habitante/ano na Argentina e 30 quilos habitante/ano na Europa. "Queremos aproveitar o tamanho do potencial de crescimento do mercado e ocupar uma fatia ainda mais relevante no segmento", disse.


Segundo o executivo, embora o consumo, em volume, se expanda acima da média do País, a Vigor segue apostando no Sudeste, onde o valor médio vendido dos produtos é mais alto.

Tanto que o novo CD, localizado à beira da rodovia Régis Bittencourt, em Embu das Artes, possui um espaço 50% maior do que a soma dos outros quatro centros que a companhia tinha no Estado.

"A ideia é centralizar os quatro outros estabelecimentos (três alugados e um próprio) no de Embu das Artes. Vamos reduzir custos e suportar o crescimento da companhia para os próximos anos", explicou. Sem citar valores que a empresa vá ganhar na centralização de sua distribuição, Xandó afirmou que as economias aparecerão já em junho. "A partir do segundo semestre é que não veremos mais as duplicidades antigas", completou.

O novo CD possui 17,3 mil metros quadrados de área; 12,5 mil posições de pallets; 36 docas; 220 funcionários diretos e 400 indiretos e será o maior da companhia em todo o País. Do local serão feitas 25 mil entregas por mês para clientes de São Paulo, interior de São Paulo, norte do Paraná, Vitória (Espírito Santo), Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC) e Curitiba (PR). A Vigor alugou o espaço por 10 anos e investiu cerca de R$ 9 milhões no sistema frigorífico e nas estantes para a estocagem de itens congelados, secos e resfriados.

O presidente da Vigor ainda informou que a companhia estudou mais de 40 localidades para a instalação do CD e que pode, no futuro próximo, viabilizar a entrada da mineira Itambé, cujo 50% do controle foi adquirida pela companhia recentemente, em São Paulo.

Xandó também informou que a nomeação do presidente e principais executivos da Itambé e seus membros do conselho de administração, além da emissão das debêntures de R$ 410 milhões, serão finalizados ainda neste mês.

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