Fábrica da Vigor: de acordo com executivo, a empresa trabalha para atingir uma margem Ebitda de dois dígitos porcentuais nos próximos dois anos (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 16 de dezembro de 2013 às 17h37.
São Paulo - O presidente (CEO) da Vigor Alimentos S/A, Gilberto Xandó, disse nesta segunda-feira, 16, que a companhia está apresentando níveis históricos em alguns indicadores, devido ao foco em criação de valor às marcas. "Nossa intenção é continuar esse movimento. Por conta disso, a margem Ebitda deve seguir crescendo nos próximos meses", disse Xandó. Segundo Xandó, o forte resultado também tem sido fruto do reposicionamento agressivo de preços, praticado desde maio, e da reestruturação da marca Vigor.
De acordo com o executivo, a empresa trabalha para atingir uma margem Ebitda de dois dígitos porcentuais nos próximos dois anos. "Acho que uma margem de dois dígitos é perfeitamente possível para uma empresa de consumo de lácteos. Se vai ser 12%, 13%, 14% anda não definimos, mas estamos no caminho para atingir os dois dígitos porcentuais", declarou. Ao final do terceiro trimestre, a margem Ebitda consolidada da Vigor era de 6,1% ante 2,6% do mesmo período de 2012.
Investimentos e aquisições
Xandó também comentou que os investimentos para os próximos anos serão menores do que os dos períodos anteriores. "Nos últimos três anos, fizemos investimentos de R$ 113 milhões em melhoria de serviços, produtos, reposicionamento de marca. Esses aportes, que eram os mais importantes, prepararam a companhia para a expansão nos próximos anos", declarou, citando que 40% dos investimentos totais são destinados para marca. Em 2013, conforme o executivo, os investimentos em capex deverão ficar por volta de R$ 50 milhões. Para 2014, o montante ainda não está definido.
Embora a previsão de aportes seja menor para 2014, nos planos da companhia há a reestruturação da marca Leco, nos moldes da que foi feito com a marca Vigor. "Leco tem uma presença importante no café da manhã, com leite, suco, manteiga. É nessa linha de posicionamento que vamos trabalhar a marca no mercado", explicou.
Grego
Xandó comemorou o desempenho do iogurte grego no País. "A velocidade de crescimento do consumo do grego no Brasil está sendo igual ao dos Estados Unidos. Lá, o grego representa 25% do mercado de iogurtes. Aqui, esse porcentual já chega aos 6% a 8% do total e temos 50% desse mercado. Além de trazer valor agregado à companhia, trouxe novos clientes para o consumo de iogurtes", informou. Ele, entretanto, está preocupado com o espaço que o varejo está fornecendo para esse item, que ainda é pequeno ante a proporção de relevância que o item está atingindo.