Negócios

Victor Menezes

Presidente e CEO do Citibank e membro da comissão de gestão do Citigroup de Nova York

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h25.

É nas crises que a necessidade de liderança aparece com mais força. Foi o que aconteceu ao Citibank entre 1990 e 1991. O preço das ações caiu para 6 dólares e ninguém sabia se o banco conseguiria sobreviver. Foi então que John Reed, presidente do banco na época, demonstrou possuir qualidades raras e notáveis de liderança.

Basicamente, John fez com que o banco se concentrasse em poucas coisas. Em seguida, comunicou à diretoria, aos órgãos reguladores e a Wall Street a implementação de um plano simples. Fiquei impressionado com o que me pareceu um ótimo exemplo de liderança eficaz, uma vez que galvanizava a organização e a incentivava a seguir em frente. John simplificou o funcionamento do Citibank, uma organização extremamente complexa. Tornou prioritário o corte de custos e vinculou as atividades do banco a um conjunto de resultados. Todo mês, ele se reunia com os 15 executivos mais importantes da instituição e analisava o desempenho de cada um deles em conformidade com o plano estabelecido.

Foi interessante observar que, no decorrer daquele período, não nos desfizemos de nenhuma franquia. Se analisarmos o que aconteceu com outros bancos americanos na época, veremos que a maioria deles abandonou o cenário internacional. Nossas subsidiárias internacionais não apenas se mantiveram firmes como também cresceram. Uma das regras mais simples criadas por John, e disseminada por toda a organização, dizia que acionistas e funcionários estavam sujeitos a prejuízos -- os clientes jamais.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Negócios

Setor de varejo e consumo lança manifesto alertando contra perigo das 'bets'

Onde está o Brasil no novo cenário de aportes em startups latinas — e o que olham os investidores

Tupperware entra em falência e credores disputam ativos da marca icônica

Num dos maiores cheques do ano, marketplace de atacados capta R$ 300 milhões rumo a 500 cidades