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Via Varejo vê margem melhor no 3º tri com venda maior de celulares

No segundo trimestre, explicaram os executivos, a Copa do Mundo de futebol elevou expressivamente as vendas de televisores, reduzindo as de telefonia

Via Varejo: companhia teve lucro líquido de 20 mi de reais entre abril e junho, revertendo prejuízo de 85 mi de reais no mesmo período do ano passado (Alexandre Battibugli/Site Exame)

Via Varejo: companhia teve lucro líquido de 20 mi de reais entre abril e junho, revertendo prejuízo de 85 mi de reais no mesmo período do ano passado (Alexandre Battibugli/Site Exame)

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Reuters

Publicado em 24 de julho de 2018 às 18h18.

São Paulo - A Via Varejo espera melhora de margem no terceiro trimestre com o aumento da participação de produtos de telefonia no mix de vendas, disseram nesta terça-feira executivos da varejista de móveis e eletrodomésticos, dona das bandeiras Casas Bahia e Pontofrio.

No segundo trimestre, explicaram os executivos, a Copa do Mundo de futebol elevou expressivamente as vendas de televisores, reduzindo as de telefonia, o que reduziu a margem bruta da companhia em 2,3 pontos percentuais ano a ano, para 28,9 por cento.

"Esperamos melhoria na margem pela mudança de mix, ou seja, uma maior participação de telefonia nas vendas do terceiro trimestre... Em julho já vemos um mix normalizado, com o perfil de consumo voltando ao período pré-copa", disse o diretor de operações da Via Varejo, Paulo Naliato, em teleconferência sobre o balanço do segundo trimestre.

A companhia teve lucro líquido de 20 milhões de reais entre abril e junho, revertendo um prejuízo de 85 milhões de reais no mesmo período do ano passado, tendo crescimento de 5,1 por cento na receita líquida trimestral.

O segundo trimestre ainda foi marcado por concorrência mais acirrada em função da forte atividade promocional para o Dia das Mães e a Copa do Mundo de futebol. "Foi duro, bastante competitivo... Mantivemos nossa estratégia de preservar um crescimento de forma sustentável, mas achamos que esse cenário vai perdurar daqui para frente", disse o presidente da Via Varejo, Flavio Dias.

Ainda assim, os executivos olham para o terceiro trimestre com otimismo, apostando que as novas tecnologias implementadas pela rede varejista acelerem o ritmo de conversão de vendas. A empresa lançou recentemente um novo aplicativo de vendas para a bandeira Casas Bahia. "Todos os testes têm sido muito positivos, vamos andar mais forte com Casas Bahia e em seguida trazer outros aplicativos", comentou Dias.

O diretor-executivo de finanças da Via Varejo, Felipe Negrão, acrescentou que a companhia está preparada para o período em termos de estoque. "Nosso estoque nos permite atravessar o terceiro trimestre sem dificuldade em função de variação cambial ou negociação com fornecedor", disse.

Negrão também afirmou que a inadimplência está sob controle e os indicadores tendem a melhorar mais depois que a Via Varejo implementou em maio uma nova política de crédito mais restritiva e métodos de cobrança mais eficientes.

As units da Via Varejo subiram 7,43 por cento nesta terça-feira, encerrando a terça-feira cotadas a 20,25 reais, entre os destaques positivos do Ibovespa, que avançou 1,49 por cento.

O avanço foi motivado principalmente pela notícia de que a companhia migrará para o Novo Mercado, o segmento de mais alta governança corporativa da B3, o que pode aumentar a atratividade da fatia majoritária do Grupo Pão de Açúcar (GPA) na Via Varejo, colocada à venda em novembro de 2016.

Em 2018, contudo, os papéis acumulam queda de 17 por cento, na contramão das rivais Magazine Luiza e B2W, que acumulam altas de cerca de 43 por cento e 67 por cento, respectivamente.

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