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Via Varejo tem prejuízo de R$244 milhões no 3º tri

Resultado medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 242 milhões

Casas Bahia: companhia assustou o mercado na véspera ao informar que abriu investigação para apurar denúncias anônimas de irregularidades contábeis (Exame/Exame)

Casas Bahia: companhia assustou o mercado na véspera ao informar que abriu investigação para apurar denúncias anônimas de irregularidades contábeis (Exame/Exame)

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Reuters

Publicado em 14 de novembro de 2019 às 10h13.

Última atualização em 14 de novembro de 2019 às 10h15.

São Paulo — A Via Varejo teve prejuízo operacional líquido de 244 milhões de reais no terceiro trimestre, ampliando resultado negativo de 38 milhões sofrido um ano antes, em desempenho que trouxe queda de receita e vendas mesmas lojas, embora a empresa tenha conseguido forte expansão no segmento de marketplace.

A companhia, que na véspera assustou o mercado ao informar que abriu investigação para apurar denúncias anônimas de irregularidades contábeis, teve um resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 242 milhões de reais, queda de 42,5% sobre o desempenho do terceiro trimestre de 2018.

Segundo dados da Refinitiv, analistas esperavam, em média, prejuízo líquido de cerca de 10 milhões de reais e Ebitda de 249,6 milhões para a Via Varejo, dona das bandeiras Casas Bahia e Ponto Frio.

A Via Varejo, que na véspera também informou que resultados preliminares das investigações não confirmaram as irregularidades denunciadas, comentou no balanço que o resultado final foi impactado por queda nas vendas de mercadorias e "menor penetração de serviços financeiros", que levaram a receita líquida recuar 10,7% no período, para 5,69 bilhões de reais.

As vendas mesmas lojas recuaram 2,2% no terceiro trimestre ante expansão de 2,6% um ano antes. Mas as vendas no marketplace, operação online que reúne ofertas de terceiros, no conceito GMV subiram 79%, para 463 milhões de reais. O desempenho desse segmento foi bem diferente da operação de comércio eletrônico própria da Via Varejo, cujo GMV faturado no terceiro trimestre recuou 17,3%, para 1,53 bilhão de reais, afetada por "instabilidade das ferramentas no canal online (sites e aplicativos) e a integração da Cnova".

Segundo a Via Varejo, em setembro, após ajustes na plataforma online, a empresa pode observar "uma clara evolução de performance do e-commerce e crescimento a partir de então, o que nos dá confiança para a realização de uma grande Black Friday".

A companhia, que passou do GPA ao controle da família Klein em meados deste ano, encerrou outubro com 5.477 lojas físicas ante 5.526 um ano atrás.

Do total das vendas, 21% foram à vista no terceiro trimestre ante 24% um ano antes. Já as vendas via carnê subiram de 10,5% para 11,2%, enquanto as de cartões de crédito também tiveram avançaram.

"A estabilidade da taxa de juros e da inflação, a melhora do grau de confiança dos consumidores e a nova estratégia da companhia, favoreceram o crescimento da demanda por crédito no terceiro trimestre. Neste contexto, a companhia intensificou os seus esforços para a expansão do carnê", afirmou a Via Varejo no balanço.

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