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Via Varejo vai divulgar balanço do 2º trimestre

A expectativa de analistas é de uma alta de 10% na receita, na comparação com o mesmo período do ano passado, totalizando 5,9 bilhões de reais

Casas Bahia: empresa divulga balanço nesta segunda-feira, e deve apresentar melhora em relação a 2016 (Germano Lüders/Exame)

Casas Bahia: empresa divulga balanço nesta segunda-feira, e deve apresentar melhora em relação a 2016 (Germano Lüders/Exame)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 24 de julho de 2017 às 06h00.

Última atualização em 24 de julho de 2017 às 09h46.

A semana que se inicia tem 30 empresas brasileiras na lista para divulgar seus balanços do segundo trimestre. Um dos resultados mais esperados vem logo nesta segunda-feira, com a varejista Via Varejo, dona de Casas Bahia e Ponto Frio, às voltas com o processo de venda coordenado por seu controlador Grupo Pão de Açúcar (GPA).

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A expectativa de analistas do BB Investimentos é de uma alta de 10% na receita, na comparação com o mesmo período do ano passado, totalizando 5,9 bilhões de reais. A última linha do balanço deve melhorar, mas ainda virá no vermelho: analistas esperam um prejuízo de 34 milhões de reais para o período, em comparação com o prejuízo de 456 milhões de reais do segundo trimestre de 2016.

“Além das iniciativas comerciais internas, a empresa pode se beneficiar de fatores externos, como os saques de contas inativas do FGTS e os ganhos de participação de mercado decorrentes de concorrentes enfraquecidos, especialmente os pequenos, prejudicados pelo difícil ambiente macroeconômico”, dizem os analistas do BB em relatório.

Os números do primeiro trimestre da companhia animaram os investidores ao mostrar um lucro de 97 milhões de reais, após o prejuízo de 237 milhões de reais no mesmo período de 2016. A melhora de desempenho é fundamental para atrair possíveis interessados em comprar a empresa e, é claro, para que o GPA consiga vendê-la por um bom valor. Há um ano, a companhia valia 3,5 bilhões de reais na bolsa. Hoje, vale 5,4 bilhões.

O processo de venda da Via Varejo, iniciado em novembro do ano passado, tem caminhado a passos lentos. Um dos principais impasses para a venda da companhia era um desentendimento do GPA com os sócios, a família Klein, sobre os passivos trabalhistas da empresa. No início do mês, a Via Varejo informou que entrou em acordo com o GPA e os Klein sobre o assunto.

Com esse problema fora do caminho, a venda pode se acelerar também por conta de dois eventos que aconteceram na última semana. O principal deles foi a abertura de capital do maior concorrente do GPA, o Carrefour, que levantou mais de 5 bilhões de reais. Parte desse dinheiro será utilizada para expandir os negócios. Vender a Via Varejo, portanto, ajudaria o GPA na competição com o Carrefour.

O segundo evento da semana passada que impacta a vida da Via Varejo foi a compra da rede de livrarias Fnac no Brasil pela Livraria Cultura. A Fnac tem um forte apelo no comércio de eletro-eletrônicos, que representam 47% de suas vendas globais. A Cultura deve ampliar essa operação e passar a concorrer mais diretamente com Via Varejo. Para o GPA, portanto, é hora de acelerar.

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