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Via Varejo e Cnova estão prontas para integração, diz presidente

Assembleia dos acionistas se reúne hoje para decidir sobre a união dos negócios do Grupo Pão de Açúcar

Via Varejo: Assembleia dos acionistas decidirá hoje sobre a união dos negócios do Grupo Pão de Açúcar (Germano Lüders/Site Exame)

Via Varejo: Assembleia dos acionistas decidirá hoje sobre a união dos negócios do Grupo Pão de Açúcar (Germano Lüders/Site Exame)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 27 de outubro de 2016 às 15h54.

Última atualização em 27 de outubro de 2016 às 16h16.

São Paulo - A integração entre a Cnova e a Via Varejo deve começar imediatamente após a aprovação dos acionistas, afirmou Peter Estermann, presidente da Via Varejo.

A assembleia dos acionistas se reúne hoje, 27, para decidir sobre a união dos negócios do Grupo Pão de Açúcar e as duas companhias estão prontas para iniciar a integração, disse ele em conferência com analistas após a divulgação de resultados do terceiro trimestre.

A união dos negócios de lojas físicas e comércio eletrônico das lojas Casas Bahia e Pontofrio foi anunciada em agosto desse ano. Para analistas, não fazia sentido manter as operações separadas e conservar estruturas duplicadas, como equipe, logística, marketing e estoque para as mesmas marcas.

Com a fusão, as duas empresas esperam sinergias anuais de R$ 245 milhões. A Via Varejo já traçou um cronograma e as principais estratégias para conseguir conquistar esses cortes de custos.

Entre os potenciais ganhos, a maior parte está na integração logística e de estoques, afirmou Estermann.

A integração já deve estar bem encaminhada em novembro, a tempo da Black Friday e Natal, afirmou o presidente. As duas datas promocionais são as mais importantes para o varejo, ainda mais para o segmento de eletrônicos e eletrodomésticos.

"Queremos entrar na Black Friday já trabalhando de forma integrada com o comércio eletrônico e está tudo caminhando para que isso ocorra", afirmou ele. A união pode gerar prazos mais acertados e cortes de custos para as entregas.

Outra forma de cortar custos com a união das duas operações é na parte administrativa, ou seja, que não afeta a operação das lojas. A empresa afirmou que, em algumas áreas, as equipes já foram unidas e já estão trabalhando juntas.

A integração de softwares e dos centros de distribuição também está na lista de sinergias esperadas. "Estou certo de que conseguiremos entregar 100% do valor das sinergias que divulgamos", disse o presidente.

Festas com descontos

A companhia está se preparando fortemente para as festas de fim de ano e a Black Friday.

Com R$ 1,33 bilhões de caixa líquido e recebíveis de cartões, a empresa ampliou o seu nível de estoques especialmente para a data. Ela afirmou que, por conta desse diferencial, conseguiu fechar compras mais oportunistas com seus fornecedores.

A sua estratégia será manter preços competitivos, de olho em ganhar mercado sobre os concorrentes. "Estamos otimistas com essas datas promocionais, apesar de sabermos que o mercado vai continuar bastante difícil", disse o presidente.

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