São Paulo - A Via Varejo afirmou que o fortalecimento da bandeira Pontofrio é uma de suas prioridades. Na tentativa de melhorar a imagem da marca, ela transformou 36 lojas da bandeira em unidades da Casas Bahia.
A empresa inaugurou duas lojas premium da marca, em São Paulo e no Rio de Janeiro, com “a melhor exposição dos melhores produtos”, afirmou Líbano Barroso, presidente da Via Varejo, controladora da Pontofrio e Casas Bahia.
Também está implementando lojas-conceito em shopping centers, que expõem os produtos de uma forma que os consumidores possam testá-los.
Por fim, está implementando o uso de tablets pelos vendedores, para consulta a informações sobre produtos, estoque e serviços. O consumidor também poderá pagar sem ir ao caixa, com uma máquina portátil.
A rede fechou 19 lojas deficitárias este ano, sendo a maioria da bandeira Pontofrio.
Além disso, com a justificativa de “melhorar o posicionamento das marcas”, transformou 36 lojas da bandeira em Casas Bahia, depois de estudar a localização, a distribuição de renda e o comportamento da população nos locais.
“Percebemos que em algumas localidades havia mais identidade com Casas Bahia, o que determinou a mudança”, disse Líbano.
A Via Varejo ainda reforçou que mantém os planos de abertura de lojas, anunciados há cerca de um ano e meio.
Prejuízo e custos
A companhia, que controla a Casas Bahia e o Pontofrio, apresentou prejuízo de 13 milhões de reais no 2º trimestre de 2015, em comparação com lucro de 187 milhões no período anterior. As receitas caíram 21,7% no 2º trimestre.
Segundo Líbano Barroso, o cenário macroeconômico e de consumo mudou muito rapidamente, o que levou ao prejuízo.
Para combater o cenário fraco, a companhia começou a revisar todos os seus custos, como de aluguel, marketing ou logística, e negociando com os fornecedores.
No entanto, “o nível de vendas cai mais rápido que a nossa capacidade de reestruturar os custos.”, disse Líbano, e a situação só deverá se normalizar no 4º trimestre.
Uma das medidas de contenção de gastos é a “reestruturação do headcount”, ou das vagas de trabalho. Desde o começo do ano, a companhia deixou de repor 4.800 vagas.
“Continuaremos a analisar o cenário e verificando as despesas”, disse o presidente, sobre a possibilidade de novos cortes.
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1. Mudança de rumo
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1/12 (Divulgação/Peugeot)
São Paulo – O ano de 2014 não foi fácil para empresas de todo o mundo. Retração comercial, aumento do preço de commodities e alta do dólar – entre outros fatores – acabaram levando as empresas a terem de repensar seus negócios. Veja nas fotos algumas das grandes companhias mundiais que passaram por
reestruturação neste ano.
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2. HP
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2/12 (Dirk Waem/AFP)
A HP fez neste ano uma das maiores reviravoltas organizacionais de sua história ao anunciar a cisão da empresa em duas grandes áreas de negócios ao longo de 2015 – a divisão de computadores pessoais e de impressoras foi separada da divisão de hardware corporativo e de serviços. O processo completo de reorganização, que começou em 2012 e vai até o final do ano que vem, resultará na demissão de 55.000 pessoas, além de redução de custo e ganho de eficiência.
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3. Peugeot Citroën
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3/12 (Divulgação/Peugeot)
Depois de 200 anos no controle do grupo francês PSA Peugeot Citroën, a família fundadora da companhia se viu obrigada a abrir mão do comando e vender parte de suas ações, no início deste ano. Desde então, a empresa intensificou o
processo de reestruturação das marcas e já anunciou que fará uma redução progressiva do número de modelos dos atuais 45 para 26 modelos até 2022.
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4. BRF
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4/12 (Alexandre Battibugli/EXAME)
Com o intuito de simplificar processos e melhorar eficiência, a BRF fez uma arrumação na companhia, que incluiu a avaliação da capacidade ociosa de suas fábricas, bem como a venda de seu braço de lácteos. Em setembro, a unidade- que incluá a marcas Elegê e Batavo - foi
vendida para a Parmalat.
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5. Microsoft
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5/12 (Getty Images)
A chegada de Satya Nadella ao comando da Microsoft, em fevereiro, já era um prenúncio de que mudanças radicais estariam por surgir na empresa. Depois de ele publicar uma carta aberta aos funcionários sobre a reestruturação, então, a coisa ficou evidente. Nadella anunciou, meses depois, a
demissão de mais de 18.000 pessoas – uma economia bilionária e a simplificação do negócio foram alguns resultados da decisão.
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6. Blackberry
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6/12 (Mark Blich/Reuters)
Depois da troca de comando, a BlackBerry divulgou uma carta aberta aos consumidores reiterando sua missão de ofertar produtos de qualidade e passou a ajeitar a casa para que pudesse cumprir tal objetivo. De acordo com a empresa, entre os pontos a serem reavaliados estão os aparelhos celulares; soluções de EMM; mensagens multiplataforma e sistema operacional. Além disso, a companhia também investirá em áreas relacionadas à segurança tecnológica.
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7. P&G
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7/12 (Anatolii Stepanov/Reuters)
Em setembro, a Procter & Gamble decidiu cindir seu negócio de pilhas Duracell em uma empresa separada. O objetivo é focar em marcas de crescimento mais rápido. A decisão aconteceu pouco tempo depois de a empresa anunciar que poderia vender metade de suas marcas nos próximos dois anos.
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8. Hyundai
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8/12 (Divulgação/Hyundai Motor America)
2014 foi o ano da Hyundai se desfazer de seus negócios financeiros para reduzir sua dívida e se concentrar nas unidades de transportes, logística e elevadores industriais. A empresa levantou cerca de US$ 3 bilhões com as transações. Também vendeu seu negócio de administração de portos e uma série de propriedades, como o hotel Banyan Tree em Seul.
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9. Vulcabrás
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9/12 (Drawlio Joca/EXAME.com)
Há três anos a Vulcabrás põe em prática um
processo de reestruturação que já incluiu a demissão de 22.000 funcionários, quase metade do total, e a diminuição de 25 das 29 fábricas que a empresa possuía no Brasil. A empresa já diminuiu a dívida que possuía e agora se prepara para colocar em prática o plano de voltar a crescer e voltar a competir com grandes fornecedores de dentro e fora do país.
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10. Nextel
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10/12 (Jay Mallin / Bloomberg News)
O plano de reestruturação da Nii Holdings, controladora da Nextel no Brasil, seguiu adiante neste ano. A empresa anunciou a redução de 25% dos funcionários da matriz, além de cortes nas subsidiárias. Com a demissão de 1.400 pessoas a empresa pretendia economizar até US$ 35 milhões para investir em áreas prioritárias.
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11. BP
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11/12 (Chris Ratcliffe/Bloomberg)
Simplificar o negócio e focar na parte de óleo e gás foi o que fez com que a companhia britânica BP revisse todo o seu negócio este ano, com a estimativa de gastar US$ 1 bilhão com a reestruturação que segue em 2015.
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12. Lenovo
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12/12 (Reprodução)
As
mudanças internas da Lenovo estão sendo colocadas em prática desde janeiro, quando a empresa anunciou que dividira os negócios em quatro pedaços e não mais em dois, como era até então. A ideia é fazer com que esforços sejam mais bem direcionados para cada área.